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    Pesquisa: 72% dos economistas dos EUA esperam recessão no país em 12 meses

    Levantamento mostra ainda que quase três em cada quatro analistas dizem que não confiantes de que o Fed pode reduzir a inflação para sua meta de 2% sem causar uma recessão nos próximos dois anos

    Matt Egando CNN Business

    É improvável que o Federal Reserve (Fed- Banco Central dos Estados Unidos) domine a inflação sem empurrar a economia americana para uma recessão, de acordo com uma pesquisa com economistas divulgada nesta segunda-feira (22).

    Setenta e dois por cento dos economistas consultados pela Associação Nacional de Economia Empresarial esperam que a próxima recessão nos EUA comece em meados do próximo ano – se é que ainda não começou.

    Essa descoberta sombria inclui quase um em cada cinco (19%) que dizem que a economia já está em recessão, conforme determinado pelo National Bureau of Economic Research (Nber). Outros 20% dos analistas não esperam que uma recessão comece antes do segundo semestre do próximo ano.

    “Os resultados da pesquisa refletem muitas opiniões divididas entre os palestrantes”, disse o presidente da Nber, David Altig, em comunicado. “Isso por si só sugere que há menos clareza do que o habitual sobre as perspectivas.”

    A pesquisa semestral, realizada entre 1º e 9 de agosto, contou com respostas de 198 membros da Nber.

    No mês passado, o presidente do Fed, Jerome Powell, argumentou durante uma entrevista coletiva que ainda há um caminho para controlar a inflação sem provocar uma desaceleração. No entanto, até Powell admite que o caminho ficou mais estreito, pois o Fed foi forçado a recorrer a aumentos drásticos nas taxas de juros para derrubar a inflação.

    Quase três em cada quatro analistas (73%) na pesquisa Nber dizem que não estão nem um pouco confiantes ou não muito confiantes de que o Fed pode reduzir a inflação para sua meta de 2% sem causar uma recessão nos próximos dois anos. Apenas 13% dos economistas disseram estar confiantes ou muito confiantes de que o Fed pode realizar esse feito.

    Enquanto isso, a Lei de Redução da Inflação, que estava sendo debatida no Senado quando a pesquisa foi feita, recebeu amplo apoio de economistas na pesquisa Nber.

    Mais de três quartos dos participantes do painel (76%) disseram apoiar a meta de redução do déficit de US$ 300 bilhões da legislação, que o presidente Joe Biden sancionou na semana passada. Também foi notável o apoio ao imposto corporativo mínimo de 15% (69% dos economistas foram a favor), aos subsídios de saúde e reforma de preços de medicamentos (68% a favor) e aos subsídios, abatimentos e investimentos sobre mudanças climáticas (63% a favor ).

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