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    Mega da Virada: Sorteio da loteria é seguro? Veja como são prevenidas fraudes

    Wesley Santana, colaboração para o CNN Brasil Business, em São Paulo

    A loteria federal existe há mais de 58 anos no Brasil. Nesse meio tempo, muita coisa mudou, mas, continuadamente, o órgão está no centro de discussões quando se fala em segurança e confiabilidade no processo de sorteio e premiação.

    A Caixa Econômica Federal, que é responsável pela gestão dos jogos, informa que toma todos os cuidados necessários para que criminosos não interferiam nas apostas nem tragam prejuízos ao banco ou aos jogadores.

    Apesar disso, algumas dúvidas ainda surgem e muitos brasileiros ficam com o pé atrás. O motivo disso, talvez, seja por alguns golpes que já foram aplicados à loteria e amplamente divulgados pela imprensa.

    Acompanhe os últimos jogos da Loteria Federal.

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    Golpe ocorrido em 2014

    Um deles foi em 2014, quando o suplente de deputado federal Ernesto Vieira de Carvalho Neto, no Tocantins, aplicou um golpe que rendeu à Caixa um prejuízo de R$ 10 milhões. Na ocasião, Ernesto apareceu em uma agência bancária dizendo que havia sido premiado na Mega Sena.

    O criminoso, porém, não apresentou documento comprovando a vitória e, mesmo assim, o gerente da unidade liberou a quantia de R$ 73 milhões. Seis dias depois, uma investigação da polícia descobriu a ação e prendeu Ernesto e o gerente que liberou o valor. Do total, a Caixa conseguiu resgatar R$ 63 milhões.

    Hoje, o tipo de tentativa de golpe mais aplicado é contra os jogadores, por meio de envio de spams e notificações falsas de premiações.

    Para além destas tentativas, que, segundo a Caixa, estão aos montes pela internet, o banco garante que aplica diversas medidas para garantir a completa lisura do processo de vendas, sorteios e entrega dos prêmios de todas as modalidades da loteria, que são 11 ao todo.

    Sorteios são realizados com a presença de público

    Os sorteios da Mega-Sena são realizados em locais abertos e com presença do público, sempre no Espaço Caixa, dentro do Terminal Rodoviário do Tietê; no auditório do banco, em Brasília, onde também é permitida a presença de pessoas; ou, ainda, no caminhão móvel, que percorre o país durante o ano.

    Esse último foi a alternativa encontrada para democratizar a participação das pessoas e permitir que um número maior de brasileiros verifique a transparência e segurança dos sorteios.

    “Além do público presente, todos os sorteios são conduzidos e validados formalmente por empregados da Caixa e por outras duas pessoas do público que atuam como auditores populares. As bolas utilizadas são de borracha maciça, numeradas e coloridas para facilitar a identificação, possuem o mesmo peso e diâmetro, características verificadas periodicamente pelo Inmetro”, diz o banco em nota.

    Sorteios são auditados por profissionais externos

    Outro ponto de atenção é em relação à auditoria. Nesse caso, a Caixa destaca que segue padrões internacionais de segurança, como o selo ISO 27.001, que garante um sistema de gestão da segurança da informação nos moldes da Organização Internacional de Normalização, presente em mais de 160 países.

    A Caixa também diz que é credenciada à World Lottery Association (Associação Mundial de Loterias), uma organização que acompanha sorteios em diversos países e que, aqui no Brasil, “comprova que as Loterias se utilizam das melhores práticas do mundo em segurança, assegurando a disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade das informações na administração das Loterias Federais”, afirma.

    Parte do lucro é repassado a programas sociais

    A Caixa justifica tais ações para, também, garantir que parte dos lucros captados pelos jogos sejam, de fato, repassados aos programas sociais, conforme estabelece a Lei nº 10.260.

    De todo o valor arrecadado, 43% é destinado ao pagamento dos prêmios. Outros 49% a legislação divide da seguinte maneira: 19% para despesas de custeio; 17% aos programas de seguridade social; 9% ao Fundo Nacional de Segurança Pública; 3% ao Fundo Nacional da Cultura; 1% ao Fundo Penitenciário Nacional. O que sobra, cerca de 8%, é dividido entre organizações esportivas, como Comitê Olímpico e Paralímpico do Brasil.

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