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    IPCA: o que é e como o principal índice de inflação impacta o seu bolso

    Feito pelo IBGE, o índice é a principal referência usada por economistas, investidores e pelo próprio governo para medir a variação de preços no país

    Da CNN

    Você sabe o que é IPCA? À primeira vista, a sigla pode parecer desconhecida, mas você convive com ela em atividades bem rotineiras.

    Em uma simples ida ao supermercado, por exemplo, o consumidor consegue ter uma ideia de alguns produtos que subiram de preço e outros que ficaram mais baratos ao longo do mês.

    Ao deixar o caixa, ele sente no bolso se houve aumento ou queda no preço total da compra. Com o passar dos meses, poderá avaliar se há um aumento sustentado no preço desses itens, que pode vir a consumir uma parte maior do seu rendimento.

    Esse acompanhamento é parecido com o que faz o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ao calcular o índice de inflação.

    A diferença é que o IBGE pesquisa milhões de itens que são vendidos em dezenas de milhares de estabelecimentos.

    Esse é, portanto, o índice de variação de preços no comércio como um todo; o índice de inflação.

    Além de esclarecer o consumidor sobre a oscilação dos preços, o índice é fundamental para que autoridades alterem as políticas monetárias e tomem medidas econômicas com base nas pressões inflacionárias, que estão presentes o tempo todo, em qualquer economia.

    Neste conteúdo, vamos entender melhor como o índice funciona e por que a taxa é sentida no seu bolso.

    Saiba em detalhes o que é o índice, como ele é calculado e como influencia a vida das pessoas e instituições.

    O que é IPCA?

    O primeiro passo para entender o que é IPCA é saber que a sigla significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo e funciona como medidor oficial da inflação.

    Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ele é usado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) como parâmetro para ajustar as metas de inflação.

    O índice também é utilizado pelo Copom (Comitê de Política Monetária) para revisar a taxa básica de juros da economia, a Selic.

    Apesar de ter sido criado em 1979, apenas a partir dos anos 2000 ele passou a ser usado pelo Banco Central como o índice oficial da inflação brasileira.

    Para que serve o IPCA?

    Ao entender o que é IPCA, fica mais fácil compreender os objetivos da taxa. O índice serve para medir a variação de preços de determinados produtos que compõem a cesta de consumo dos brasileiros.

    Essa lista de produtos é definida também pelo IBGE por meio da sua Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), que verifica o que a população tem consumido e quanto é gasto com cada um desses itens.

    Estão sempre inseridos nessa lista itens como arroz, feijão, passagem de ônibus, material escolar e médico, entre muitos outros, que são serviços e produtos que fazem parte da cultura de consumo do brasileiro.

    Além da variação de preços desses itens, o índice também mede o peso que cada um deles tem no orçamento das famílias.

    Vale dizer que, apesar de ser o indicador oficial para medir a oscilação dos preços, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo não é o único que faz isso.

    O IGP-M também tem essa função, mas falaremos mais sobre ele e outros índices de inflação ao longo deste conteúdo.

    Quanto ao principal índice de inflação do país, vale destacar que ele tem como principal objetivo apontar a variação do custo de vida médio de famílias de todo o Brasil que têm renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.

    Como funciona a POF

    Para entender a composição da inflação, vale aprofundar a explicação sobre a POF, pesquisa feita a cada 10 anos.

    O processo de análise acontece entrevistando famílias do Brasil inteiro e de diversos perfis de renda para chegar a um balanço sobre o quanto elas têm e quanto consomem de cada coisa.

    A cada nova POF, o IBGE atualiza também a estrutura do IPCA, para ajustá-lo às evoluções nos hábitos de consumo das famílias brasileiras.

    Na última dessas atualizações, por exemplo, feita em 2020 com base nos dados da POF 2017-2018, a cesta do Índice Nacional de Preços deixou de acompanhar itens como:

    • agrião;
    • xerox;
    • aluguel de DVD;
    • ficha de orelhão.

    Por outro lado, a pesquisa passou a incluir outros artigos como requeijão, videogame, carro por aplicativo e serviços de streaming.

    Como é feito o cálculo do IPCA?

    A primeira etapa para a definição do principal índice de inflação é a pesquisa de preços, realizada todo mês pelo IBGE em estabelecimentos comerciais, domicílios e concessionárias de serviços públicos.

    Essa pesquisa de preços é realizada todos os dias e apenas o valor à vista dos itens é contemplado.

    Ao realizar a pesquisa de preços, o IBGE não avalia todos os mais de 5.500 municípios do país, algo que seria muito difícil de realizar e estatisticamente pouco útil.

    Ele concentra a pesquisa nas principais áreas urbanas do país. Nessas regiões, faz o levantamento de cerca de 400 mil preços ao longo do mês, em algo próximo a 30 mil estabelecimentos.

    Esse processo é repetido todos os meses para que possa ser feito o comparativo.

    Assim que é concluída a pesquisa de preços em cada região, os números são agregados e passam a compor o índice nacional.

    Porém, o cálculo que é feito para definir a taxa dá pesos diferentes a cada região. Portanto, há locais que pesam mais sobre o índice de inflação por motivos relacionados ao tamanho da sua população e à relevância econômica da região dentro do país.

    Qual é a composição do IPCA?

    Agora que sabemos o que significa IPCA e como funciona o cálculo do índice, é importante entender quais fatores compõem o indicador de inflação brasileiro.

    Na prática, o IBGE utiliza grupos de produtos e serviços, com peso diferente no cálculo da taxa, que se refere ao peso de cada um no orçamento da família média brasileira. Na categoria geral, são nove grupos:

    • vestuário;
    • habitação;
    • educação;
    • transportes;
    • comunicação;
    • despesas pessoais;
    • artigos de residência;
    • alimentação e bebidas;
    • saúde e cuidados pessoais.

    Os alimentos comprados no supermercado, por exemplo, que estão em um subgrupo chamado de “alimentação no domicílio”, representam 16% desse grande orçamento geral, e transportes, onde entram os combustíveis e as passagens de ônibus e metrô, 21%.

    Vários deles representam 0,01% – ou menos – dessa cesta, o que significa que são coisas ou muito baratas, ou que as pessoas compram em pequenas quantidades, ou que só usam bem de vez em quando.

    Costureira, coentro, mochila, conserto de televisão e mudança são alguns exemplos desses itens que ocupam menor representação no índice.

    Além dos produtos e serviços, também são definidas áreas de análise para obter um panorama geral do mercado financeiro no Brasil.

    Essas áreas, assim como os grupos apresentados acima, recebem pesos distintos na composição do índice que mede a inflação do país.

    Para isso, o cálculo do IPCA considera as regiões metropolitanas de 16 capitais, sendo que os locais com maior renda média das famílias pesam mais na composição.

    As regiões metropolitanas consideradas são:

    1. Aracaju
    2. Belém
    3. Belo Horizonte
    4. Campo Grande
    5. Curitiba
    6. Distrito Federal
    7. Fortaleza
    8. Goiânia
    9. Porto Alegre
    10. Recife
    11. Rio Branco
    12. Rio de Janeiro
    13. Salvador
    14. São Luiz
    15. São Paulo
    16. Vitória

    Quais produtos e serviços são pesquisados pelo IPCA?

    Para entender melhor o que é IPCA, precisamos nos aprofundar na composição do índice. Então, vamos detalhar um pouco mais sobre as categorias compartilhadas acima.

    O número de itens avaliados pelo índice varia entre 300 e 400 produtos e serviços. A qualidade também muda.

    Itens voltados para o cuidado de animais de estimação e plataformas de streaming, por exemplo, passaram a compor o índice, enquanto outros abandonaram a lista, como assinaturas de jornal e ternos.

    Mas alguns itens permanecem e não devem sair tão cedo porque estão na essência da cultura de consumo dos brasileiros, como arroz, feijão, cabeleireiro e barbeiro, leite, algumas espécies de peixe, cortes de carne, serviços médicos e transporte viário.

    Esses itens são separados em nove categorias diferentes, cada uma tendo um percentual de participação na composição do índice de preços.

    Alimentação, por exemplo, detém um quarto do valor total do índice e é a categoria que mais influencia no aumento ou na redução dos preços gerais.

    O que faz o IPCA subir ou descer?

    valor do IPCA
    Valor do IPCA / Imagem: Shutterstock

    São alguns os motivos que afetam o índice de preços. De início, é necessário levar em conta a lei da oferta e da procura e seu impacto sobre os preços.

    Em geral, o produto sobe de preço se a procura aumenta e a oferta desse mesmo item permanece igual ou diminui.

    O contrário também é verdadeiro: se a demanda diminui ou fica estável e a oferta de produtos cresce, é de se esperar que o preço diminua.

    O resultado das safras, por exemplo, pode reduzir ou aumentar o valor dos alimentos com base na lei da oferta e da procura. Se a safra for farta, o produtor pode vender a um preço menor e jogar a inflação para baixo.

    Mas em caso de perdas na lavoura por causa do clima ou qualquer outro motivo, os preços tendem a aumentar porque o agricultor terá menos produtos para vender diante da mesma necessidade da população.

    Além disso, o preço do dólar também é importante. Muito do que o brasileiro consome é importado pelo país e pago pelos distribuidores nacionais em dólar.

    Se a moeda americana encarece, o preço desses produtos sobe.

    O preço que o produtor ou comerciante paga para produzir, transportar e vender um produto ao longo de toda a cadeia também impacta a taxa de inflação.

    Se o empresário nota um aumento no preço para fazer o produto chegar ao consumidor, a tendência é que ele repasse esse valor extra ao cliente, que pagará mais caro.

    É importante mencionar que a redução do índice não quer dizer que os preços gerais diminuíram, mas que cresceram menos do que no mês anterior.

    Para haver deflação (queda nos preços), é preciso que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo seja negativo.

    Como o IPCA impacta os investimentos?

    Agora que você sabe o que é IPCA e como ele é um importante indicador da economia brasileira, pode ter se perguntado os impactos do índice nos investimentos.

    Como o índice tem relação com a taxa Selic e está relacionado a alguns investimentos, ele influencia também na rentabilidade dessas aplicações.

    O aumento desse índice é quase sempre acompanhado do aumento da Selic, que é usada como indexadora de muitos investimentos em renda fixa, como Tesouro Direito, LCIs e LCAs, CDBs, CDIs e alguns fundos de investimento de renda fixa atrelados à inflação.

    Por isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo tem impacto indireto na rentabilidade desses papéis, que se beneficiam de uma inflação crescente.

    Também é esperado que os investimentos rendam mais que o índice para garantir que estejam mantendo ou ampliando o poder de compra do cidadão.

    Como proteger sua carteira da inflação?

    O índice vai além da influência em preços de produtos e serviços, impactando também nas aplicações financeiras.

    Diante deste cenário, é importante tomar algumas medidas para proteger a sua carteira de investimentos da inflação.

    Nestes casos, o ideal é buscar alternativas que encaixem os índices de inflação em seus resultados, como acontece em investimentos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, por exemplo.

    É possível encontrar diversas aplicações em renda fixa com rentabilidade que acompanha o índice de preços, como o Tesouro Direto.

    Além de pagar a variação do índice, esses investimentos também apresentam uma taxa de juros no momento da aplicação, garantindo maior proteção para a sua carteira.

    Outras opções são:

    • investimento em fundos imobiliários;
    • compra de imóvel físico para aluguel;
    • aplicações em papéis de empresas com reajustes baseados no índice.

    Apesar de serem boas opções, são também mais arriscadas do que os investimentos diretamente atrelados ao índice.

    Os aluguéis de imóveis, por exemplo, sofrem reajustes com base nos índices de inflação, quem investe nesse setor acaba recebendo de acordo com essas alterações.

    Contudo, outros fatores além da inflação podem prejudicar o mercado imobiliário, prejudicando o rendimento dos bens nesse setor.

    É fundamental considerar esses riscos ao escolher onde aplicar seu dinheiro.

    Investimentos relacionados ao IPCA

    Existem diversos tipos de aplicações relacionadas aos índices de inflação no mercado, sendo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo o indicador mais comum entre os investimentos.

    Quando lembramos o que é IPCA e a sua função na economia, podemos observar com clareza seus impactos no mercado acionário.

    O índice pode ser um grande aliado nos rendimentos, desde que você entenda como ele funciona e quais aplicações atreladas a ele são mais vantajosas.

    Conheça os principais investimentos atrelados à taxa a seguir.

    Títulos públicos

    Disponibilizados pelo Tesouro Direto, os títulos públicos são emitidos para arrecadar recursos voltados ao pagamento de dívidas ou despesas do governo.

    Essa é uma das aplicações mais conhecidas e também é considerada uma das mais seguras do mercado, sendo um dos investimentos mais indicados para quem está começando.

    As opções atreladas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo são duas: Tesouro IPCA + e a modalidade com juros semestrais.

    O nome pode ser parecido, mas vale entender a diferença entre as duas modalidades de investimentos.

    Na prática, as duas aplicações oferecem um retorno com base em uma taxa prefixada e na variação do índice.

    Entretanto, o modelo sem juros semestrais acumula os rendimentos até a sua data de vencimento.

    O investimento com juros semestrais, por outro lado, distribui os rendimentos a cada seis meses.

    Papéis bancários

    Os papéis bancários estão relacionados a transações realizadas entre as instituições financeiras e é possível encontrar opções atreladas ao índice para investir.

    Entre as aplicações mais conhecidas estão os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários). Assim como os títulos públicos, esses investimentos também pagam uma taxa de juros prefixada somada à variação do índice.

    Fundos de inflação

    Os fundos de inflação são um tipo de fundo de investimento atrelado aos índices de inflação, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

    Grande parte desses fundos estão relacionados a um indicador calculado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

    Esse indicador é o IMA-B, que considera a média de desempenho de um conjunto de aplicações do Tesouro IPCA + com juros semestrais.

    O IMA-B é um exemplo dos fundos de investimentos chamados de ETFs de renda fixa – ETF é sigla para Exchange Traded Funds, ou simplesmente Fundos de Índices, em português.

    Debêntures

    Debêntures são títulos emitidos por empresas com o objetivo de financiar grandes projetos. Muitos desses títulos são atrelados aos índices de inflação com o intuito de atrair o olhar dos investidores e, dessa forma, acelerar a arrecadação de dinheiro.

    Esses investimentos são conhecidos como debêntures incentivadas e, em grande parte, são atreladas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.

    As aplicações pagam uma taxa de juros prefixada mais as variações do cálculo do índice.

    LCIs e LCAs

    Outros modelos de papéis bancários bastante conhecidos entre os investidores são as LCIs e as LCAs.

    As siglas significam, respectivamente, Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio.

    Essas aplicações funcionam da mesma forma que o CDB, mas trazem a vantagem de serem isentas de Imposto de Renda.

    Quais são os outros índices de inflação?

    Além de entender o que é IPCA, vale a pena conhecer outros índices de inflação, que exercem papéis fundamentais na economia brasileira.

    Sim, existem outros índices atrelados à inflação do país, com funções diferentes entre si.

    Confira a seguir quais são e para que servem cada um dos indicadores.

    IGP-M

    IGP-M é a sigla para Índice Geral de Preços do Mercado. O indicador, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) está mais relacionado ao mercado imobiliário e a serviços como energia elétrica, por exemplo.

    Conhecido como “inflação do aluguel”, o IGP-M é utilizado, principalmente, para reajustar os contratos de aluguel e atualizar as tarifas públicas.

    O índice considera três indicadores em sua composição:

    • INCC, responsável por medir os preços no ramo da construção civil;
    • IPA-M, índice que acompanha os preços no atacado;
    • IPC, que calcula os preços ao consumidor.

    IPC-Fipe

    O IPC é o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

    Esse indicador mede, especificamente, as variações no custo de vida das famílias no município de São Paulo, com renda entre 1 a 10 salários mínimos.

    INPC

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, ou simplesmente INPC, é responsável por mensurar as mudanças no custo de vida de famílias com renda entre 1 a 5 salários mínimos.

    Quando entendemos o conceito, vimos como funciona esse processo, mas aqui o papel do INPC é acompanhar os impactos em famílias de menor renda, aquelas que normalmente sentem mais as variações da inflação no consumo de itens básicos, como alimentação.

    O que é IPCA acumulado?

    Se você também se perguntou o que é IPCA acumulado, aqui vai a resposta: quando esse termo é utilizado, o que está sendo avaliado é o conjunto de preços ao longo de um período específico.

    Esse indicador é usado para definir não somente o quanto os preços se movimentaram do começo ao final de um mesmo ano, serve também para comparar intervalos aleatórios.

    O índice acumulado pode ser medido pela Calculadora do Cidadão do Banco Central.

    Taxa IPCA hoje (tabela 2023)

    Ao entender o que é o índice de inflação e o impacto desse indicador em hábitos de consumo diários, fica claro a importância de acompanhá-lo.

    Confira a seguir o cálculo da variação mensal do índice entre janeiro e junho de 2023:

    MêsIPCA mensal (%)IPCA acumulado| mês (%)
    Janeiro0,530,53
    Fevereiro0,841,37
    Março0,712,09
    Abril0,612,72
    Maio0,232,95
    Junho-0,082,87

    Fonte: IBGE, em 18/07/2023

    A meta de inflação do Banco Central para 2023 é 3,25%, com margem de tolerância que varia entre 1,75% e 4,75%.

    Em junho, o país apresentou o primeiro índice de inflação negativa de 2023 depois de oito meses. Acompanhe reportagem com análise completa sobre a queda:

    IPCA acumulado

    Uma vez entendido o que é o índice acumulado, vale conferir também o histórico da taxa nos últimos anos.
    Conheça o gráfico abaixo com o acumulado em 12 meses:

    Qual é a relação do IPCA com o salário?

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é importante para que as pessoas entendam se o seu poder de compra cresce, diminui ou fica estável em relação ao mês ou ano anterior.

    Se o índice sobe 5% ao longo de um ano, mas o rendimento do trabalhador cresce apenas 3%, o poder de compra será corroído, ou seja, o cidadão está empobrecendo.

    Por isso, o salário mínimo deve crescer acima da inflação para que haja um ganho real no poder de compra de quem recebe salários ou benefícios atrelados ao valor do salário mínimo.

    Caso contrário, haverá uma estagnação ou perda de poder de compra.

    O que é IPCA-15 e IPCA-E?

    O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) é uma prévia do índice que mede a alteração de preços ao longo de 30 dias, mas usando um período entre dois meses diferentes e consecutivos, como, por exemplo, o final de novembro e começo de dezembro.

    A data de início da apuração é dia 16 do mês anterior e a data final é dia 15 do mês de referência.

    O IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-Especial) usa o mesmo recorte do modelo apresentado anteriormente, pegando como ponto de partida e ponto final o meio do mês de meses consecutivos.

    A diferença é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-Especial faz esse recorte para um trimestre inteiro. Ele mede, por exemplo, a oscilação dos preços entre o dia 16 de janeiro e o dia 15 de março.

    Qual é a relação do IPCA com a Selic?

    O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) usa o índice de inflação como um dos fatores para operar a sua taxa básica de juros, a Selic.

    Geralmente, quando a inflação sobe de maneira persistente, refletida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o Banco Central entende que é hora de intervir nessa pressão sobre os preços, aumentando a Selic.

    Confira a expectativa para a taxa básica de juros em agosto:

    Acompanhe as últimas notícias sobre o mercado financeiro com a CNN

    Resumo

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é um dos principais indicadores da inflação no Brasil, portanto tem impacto direto no bolso da população.

    Sendo assim, entender o índice é um passo fundamental para compreender como as variações influenciam no preço de produtos e serviços, como alimentação e transporte, por exemplo.

    Como vimos ao longo desta matéria, o cálculo do índice é feito mensalmente pelo IBGE, que considera uma série de fatores para chegar a um resultado.

    Essa movimentação acompanhada de perto pelo índice de inflação é sentida diariamente pelos brasileiros, desde as idas ao supermercado até o pagamento de contas da casa.

    Além disso, vale lembrar que o índice também tem influência sobre o rendimento de alguns investimentos, como os títulos públicos atrelados a ele.

    Por isso, saber o que significa e como funciona o índice ajuda a compreender as alterações de preço, avaliar a inflação e até mesmo a encontrar as melhores aplicações financeiras.

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