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    IPCA de outubro reforça trajetória de mais cortes na Selic, avaliam especialistas

    Inflação é considerada um dado muito importante que pode definir a trajetória da política monetária

    Iasmin Paivada CNN* , São Paulo

    O resultado do IPCA de outubro reforçou a perspectiva de queda na taxa Selic para 9,5% no próximo ano, segundo especialistas ouvidos pela CNN.

    “A nossa visão que a Selic pode caminhar para 9,5% ano que vem é reforçada pela trajetória de queda gradual da inflação”, avalia Marcelo Toledo, economista-chefe da Bradesco Asset.

    O especialista ressalta que a inflação é um dado muito importante que, “no fundo, é o que define a política monetária esteja bem comportada”.

    Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,24% em outubro, na comparação com o mês anterior, após registrar uma alta de 0,26% em setembro. Esse é o quarto mês seguido de taxas positivas do indicador.

    “O resultado do IPCA, principalmente quando a gente olha os núcleos, dessa inflação limpa de ruídos, ela dá uma tranquilidade para que o Banco Central de fato progrida no corte de juros”, avalia Toledo.

    O especialista pontua que o dado de outubro veio em um momento bastante importante, com dúvidas na parte fiscal e na parte internacional, e demonstrou que o comportamento da inflação, de fato, está no foco do BC.

    Apesar dessa perspectiva positiva para o cenário de juros no país, a partir dos dados em desaceleração da inflação, o Banco Central ainda deve manter uma “postura cautelosa diante da elevada incerteza global”, conforme avalia o economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita.

    Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, explica que o Copom deve seguir o curso de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões, o que considera um ritmo moderado considerando a queda da inflação maior que o esperado.

    Mas a autarquia “deve seguir atendendo a visão de cautela devido ao risco externo maior, com juros mais elevados nos EUA e maior incerteza no cenário no exterior”, pontua a especialista.

    Sobre o resultado do outubro, a economista avalia que o resultado dos núcleos também teve baixa variação em outubro, 0,26% e em 12 meses acumula 4,7%, também dentro do intervalo da meta, uma boa notícia para o Banco Central.

    Para Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, os dados de hoje podem ser considerados positivos se analisado sob a perspectiva da busca pela retomada da estabilidade de preços, que é o principal objetivo do Banco Central.

    “Em relação ao efeito da política monetária, existe uma continuidade dos efeitos positivos sobre a inflação, que acontece por meio do encarecimento do crédito destinado aos consumidores e tem inibido o acesso a bens como eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que, como é sabido, são extremamente sensíveis às variações do ciclo econômico e alterações da taxa de juros”, avalia a especialista.

    Veja também: Faturamento do varejo em SP caiu 6,5% com apagão

    *Com informações de Larissa Coelho, da CNN, e de agência Reuters

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