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    Via Varejo dispara, e depois cai, com tuíte apagado com dados não autorizados

    A confusão com as mensagens começou minutos antes da abertura da bolsa, quando o perfil da Via Varejo no Twitter publicou mensagens com dados da empresa

    Fernando Nakagawada CNN

    A ação da Via Varejo disparou na segunda-feira após a publicação de tuítes que foram apagados pouco tempo depois. As mensagens publicadas no perfil da própria empresa exaltavam a disparada na venda online de itens como jogos, TVs e computadores. A ação da empresa subiu 7,35% e terminou o dia no maior valor da história, a R$ 21,17. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já analisa o caso em um processo administrativo. 

    A empresa renovou a máxima histórica, na segunda-feira e chegou a até a ter uma alta de 2,5% nesta terça-feira (21). Porém, depois que a CVM entrou na jogada, o papel da empresa foi por água abaixo. As ações da varejista chegaram a ter uma queda de 9%, porém, encerrou o dia com uma queda menor, de 2,6%, a R$ 20,62.

    A confusão com as mensagens começou minutos antes da abertura da bolsa, quando o perfil da Via Varejo no Twitter publicou mensagens com dados da plataforma de comércio eletrônico. “O isolamento social provocou diversas mudanças na rotina de casa e, por consequência, nos hábitos do consumo online. Entre maio e junho, registramos aumento nas vendas de alguns itens que podem mostrar como será o novo normal”, citava a primeira mensagem publicada às 9h47. 

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    Em seguida, vieram tuítes com detalhes, como o salto de 2.500% nas vendas de games e câmeras, aumento de 1.900% na venda de televisores e salto de 1.400% nos itens de informática. 

    As mensagens deram gás à ação que subia cerca de 6% perto das 12h55, quando as mensagens foram apagadas. A retirada das mensagens parece que atiçou ainda mais o mercado e a ação subiu um pouco mais à tarde. Ao todo, os negócios com o papel somaram R$ 2,4 bilhões, o maior giro financeiro de todo o pregão.

    Nessa madrugada, a empresa publicou um fato relevante para esclarecer a história. “A publicação não foi autorizada e não é política da companhia divulgar este tipo de informação”, cita o fato relevante. O documento explica que, por isso, a direção da empresa pediu que as mensagens fossem apagadas às 12h55. 

    A empresa, de fato, renovou a máxima histórica, na segunda-feira e chegou a até a ter uma alta de 2,5% nesta terça-feira (21). Porém, depois que a CVM entrou na jogada, o papel da empresa foi por água abaixo nesta terça-feira. As ações da varejista chegaram a ter uma queda de 9%, porém, encerrou o dia com uma queda menor, de 2,6%, a R$ 20,62.

    Mesmo assim, a empresa decidiu divulgar os dados mencionados anteriormente para divulgar de maneira isonômica a informação. Esses dados mostram que o item mais vendido na categoria “games/câmeras” teve alta de 2.507% nas vendas de 1º de maio a 21 de junho na comparação  com período semelhante no ano passado. A categoria, porém, teve desempenho menos intenso com alta de 859%. Em televisores, o item mais vendido teve aumento de 1.899% nas vendas online, enquanto a categoria teve expansão de 382%.

    Em nota, a CVM afirmou que “o tema está sendo analisado em processo administrativo.” Segundo a nota, o padrão é que os administradores e acionistas controladores só divulguem informações relativas a atos ou fatos relevantes em redes sociais, após ou simultaneamento à divulgação dessas informações pelos meios de comunicação admitidos na CVM. 

    Além disso, a CVM indica que as “empresas devem divulgar nas redes sociais, assim como em qualquer outro meio ou documento, informações verdadeiras, completas, consistentes e que não induzam o investidor a erro.” 

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