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    Tesouro IPCA batendo máximas históricas: ainda vale investir?

    Investidores buscam se proteger contra a inflação e juros altos

    Rogério Piovezanda CNN , São Paulo

    Os índices dos títulos públicos prefixados e indexados à inflação com vencimento de curto prazo vêm alcançando, recorrentemente, suas máximas históricas, segundo um levantamento exclusivo da Elos Ayta.

    Analistas explicam que esse cenário é influenciado pelas incertezas fiscais domésticas e pelo exterior, com destaque para a economia mais resiliente nos EUA.

    Segundo Jáder Mendonça, sócio da Convexa Investimentos, os índices com vencimento de longo prazo atingiram as máximas na segunda-feira (14), mas depois recuaram. Enquanto isso, os títulos de curto prazo seguiram em alta.

    O aumento na expectativa de juros futuros, porém, reduz o valor dos títulos públicos mais antigos, o que faz os preços caírem conforme a marcação a mercado, ou seja, seguindo os preços praticados pelo mercado naquele momento.

    Os títulos públicos são emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar a dívida pública do governo.

    Ainda vale investir?

    Para Mendonça, a instabilidade política, tanto interna quanto externa, pode influenciar na aversão ao risco para o investidor, que irá buscar mais segurança nos produtos financeiros da renda fixa – conhecida por ter os ativos mais seguros no mercado financeiro.

    No segundo trimestre deste ano, a renda fixa ganhou 1,2 milhão de novos investidores pessoas físicas, segundo dados da B3, a Bolsa de Valores do Brasil.

    “Mudanças abruptas nas políticas econômicas ou crises políticas podem gerar volatilidade nos mercados e afetar negativamente os investimentos”, observa.

    Diante desse cenário de incertezas, o investidor busca uma proteção ao seu patrimônio para que os recursos investidos continuem rendendo acima da inflação e acaba evitando a renda variável, de olho nas taxas maiores pagas pelos títulos — mas tem que seguir atento quanto à marcação a mercado.

    Gustavo Corradi Matos, economista e CIO da Medici Asset, empresa do Grupo Nano, comenta que o cenário doméstico somado ao externo tem forte influência na composição dos preços desses papéis.

    No Brasil, por exemplo, questões fiscais seguem aumentando a aversão ao risco do mercado e fazendo o governo emitir títulos com taxas maiores. Se elas continuarem avançando, é possível que os com taxas menores se desvalorizem.

    “Se o investidor estiver pensando em vender esses papéis antes do vencimento, ele precisa seguir atento a questões como a fiscal. Ele pode ter que vender esses papeis num preço abaixo do que pagou quando comprou. Se o investidor for carregar o ativo até o vencimento, é mais tranquilo”, atenta Jader.

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