SEC aprova negociações de ETFs de bitcoin
Órgão regulador do mercado dos EUA dá aval para operações de 11 fundos


O órgão regulador do mercado dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) provou nesta quarta-feira os primeiros fundos negociados em bolsa (ETFs) listados nos EUA indexados ao bitcoin, disse o presidente do órgão, Gary Gensler.
A agência aprovou pedidos de 11 fundos, incluindo de BlackRock, Ark Investments, 21Shares , Fidelity, Invesco e VanEck, entre outros, de acordo com um aviso em seu site. A expectativa é de que alguns produtos comecem a ser negociados já na quinta-feira (11).
ETFs são fundos de índice listado em bolsa e focam na diversificação dos investidores. A operação funciona como uma “cesta” com diferentes ativos, mas que é negociada com um único preço e são atreladas a um índice de referência, neste caso a variação do bitcoin.
Para o investidor, a vantagem é que vários ativos — às vezes, de classe diferente — podem ser comprados e vendidos em uma única operação no mercado à vista.
Os analistas do Standard Chartered disseram esta semana que os ETFs poderiam atrair de US$ 50 bilhões a US$ 100 bilhões somente este ano, elevando o preço do bitcoin para até US$ 100 mil. Outros analistas disseram que os fluxos de entrada estarão mais próximos de 55 bilhões de dólares em cinco anos.
“É um grande ponto positivo para a institucionalização do bitcoin como uma classe de ativos”, disse Andrew Bond, diretor administrativo e analista sênior de fintech da Rosenblatt Securities. “A aprovação do ETF legitimará ainda mais o bitcoin.”
O bitcoin subiu mais de 70% nos últimos meses com a expectativa de que os ETFs para o ativo fossem aprovados.
O sinal verde marca uma reviravolta para a SEC, que durante uma década rejeitou os ETFs de bitcoin devido a preocupações de que pudessem ser facilmente manipulados.
Na terça-feira (9) o assunto havia levantado entusiasmo após a conta oficial do órgão regulador do mercado dos Estados Unidos no X (antigo Twitter) ser “comprometida” e confirmar erroneamente a liberação.
Nesse contexto, o bitcoin oscilava e chegou a sua maior cotação em 21 meses de US$ 47,897, caindo mais de 3% após atribuição da notícia falsa a um hacker.
A expectativa de aprovação de ETFs de bitcoin foi um dos principais impulsionadores da cripto em 2023 — ano que a moeda digital ficou no topo dos investimentos mais rentáveis ao registrar valorização acima de 150%.
*Com Reuters