Safra prevê Bolsa em 131 mil pontos em 2021 com vacinação e retomada da economia
A expectativa é reverter as perdas acumuladas ao longo do período mais crítico da pandemia


O Ibovespa deve registrar avanço até o patamar dos 131 mil pontos em 2021, segundo projeção da equipe de analistas do Banco Safra. A tendência é que o índice sustente a evolução do fim deste ano, que está prestes a reverter as perdas acumuladas ao longo do período mais crítico da pandemia.
O otimismo está centrado principalmente no êxito dos testes das vacinas contra o coronavírus e a execução dos primeiros planos de vacinação pelo mundo. Além disso, a perspectiva de retomada da economia mundial e o aumento dos preços das commodities são alvissareiros.
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Segundo o Safra, os balanços das empresas têm surpreendido e animado o mercado. Mais de 50% dos resultados do terceiro trimestre vieram acima das expectativas, enquanto 13% foram conforme esperado e 35% decepcionaram as projeções.
Outra boa notícia é que os setores de siderurgia e mineração reverteram a queda acumulada no ano. Petróleo e gás, shoppings, construção e serviços financeiros lideram as altas em novembro, apesar de ainda operarem no negativo em relação ao começo do ano.
O retorno dos investidores à Bolsa nos últimos meses também pesa a favor de uma avaliação positiva para o ano que vem. Só em novembro, foram registradas entradas de R$ 33,9 bilhões, desconsiderando operações como IPOs e follow-ons. No acumulado do ano, porém, a fuga de capitais ainda pesa, com resultado negativo de R$ 51 bilhões.
O Ibovespa em dólar está bem distante da máxima atingida em maio de 2008 (cerca de 50% abaixo), mas a estabilização em 2021 é a notícia positiva. A perspectiva é de R$ 5,45 por dólar para o ano que vem, contra os R$ 5,35 para o fim deste ano.
Agenda para 2021
Na política internacional, a eleição do democrata Joe Biden para a presidência dos Estados Unidos é bem vista. Ela deve se refletir em um melhor ambiente de negócios para os países emergentes, segundo os analistas.
No âmbito nacional, a continuidade dos juros em um patamar mínimo histórico e a agenda reformista do governo, com o andamento de privatizações, da reforma administrativa e da reforma tributária pesam positivamente. Destaque ainda para a perspectiva da sanção da BR do Mar e da manutenção do teto de gastos.
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