Ouro renova máxima histórica com tensão geopolítica e apetite da China
Metal bate recorde pela segunda sessão seguida em cenário de fraqueza do dólar
O ouro voltou a subir nesta segunda-feira (20) e renovou a máxima histórica pelo segundo fechamento consecutivo, com pressão da atividade de compra elevada de bancos centrais e de investidores chineses.
A morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, neste fim de semana, também contribuiu para que a procura por um ativo de segurança aumentasse.
O ouro para junho fechou em alta de 0,88%, em US$ 2.438,50 (cerca de R$ 12,5 mil) a onça-troy (31 gramas), na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Fawad Razaqzada, do City index, diz que o momento é favorável ao ouro e à prata, por diversos fatores.
Nas últimas semanas, o dólar tem registrado comportamento modesto e não oferece resistência ao preço dos metais. Além disso, ele pontua que as medidas de estímulo da China reforçaram a procura ou a percepção da procura de matérias-primas, e os dados da zona do euro e do Reino Unido têm indicado uma demanda mais aquecida.
A SP Angel destaca que a morte do presidente do Irã neste fim de semana injeta algum nível de dúvida sobre os próximos passos na região.
Também neste fim de semana, um petroleiro chinês foi atingido por um míssil dos rebeldes Houthi no Mar Vermelho, aumentando as tensões na região e impulsionando os ganhos de ativos de segurança.
Com isso, a instituição diz que a realização de lucros foi adiada, mas os preços devem dar um breve alívio nos próximos dias.