Maioria dos novos investidores da Bolsa é jovem, diz estudo da B3
Canais do Youtube e influenciadores digitais são os principais responsáveis por ensinar as pessoas a investirem
Jovens estão investindo mais na Bolsa de Valores brasileira. De acordo com levantamento divulgado pela B3, os novos investidores são jovens, com idade média de 32 anos, moram no Sudeste (51%), não têm filhos (60%), possuem renda mensal de até R$ 5.000 (56%) e trabalham em tempo integral (62%). Apesar de a maioria ainda ser formada por homens (74%), houve um crescimento de 26% na quantidade de mulheres que investem na Bolsa, saltando de 179,3 mil, em 2018, para 809,5 mil, em 2020.
O estudo analisou o comportamento de 2 milhões de pessoas que começaram a investir na Bolsa entre abril de 2019 e abril de 2020.
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Os dados também mostram que o valor do primeiro investimento realizado pelas pessoas físicas caiu. Nos últimos dois anos, a queda foi de 58%, saindo de R$ 1.916, em outubro de 2018, para R$ 660, em outubro de 2020. Se considerado os investidores mais novos, o valor é ainda menor. Em outubro de 2020, o investimento inicial era de R$ 225 entre os investidores de 16 a 25 anos de idade.
Apesar da quantia menor, houve uma diversificação nos investimentos. Quase metade dos entrevistados passou a aplicar em mais de um produto de renda variável. Em 2016, por exemplo, 78% das pessoas físicas detinham somente ações. Em 2020, esse número caiu para 54%, e outros produto, como fundos imobiliários, passaram a integrar as carteiras de investidores.
Riscos
De acordo com a B3, a volatilidade do mercado não afastou os pequenos investidores. Dentre os que foram ouvidos, 64% afirmam que resgatariam os valores investidos na Bolsa apenas se precisassem do dinheiro. A queda na rentabilidade dos ativos seria o motivo para sacar o valor apenas para 28% dos entrevistados.
Perguntados sobre como se sentiram ao aplicar recursos pela primeira vez, 34% responderam que estavam entusiasmados, outros 24% afirmaram estar seguros e, 19%, felizes.
Influenciadores
Canais do Youtube e influenciadores digitais são os principais responsáveis por ensinar as pessoas a investirem. O estudo revela que 73% delas obtêm informações sobre investimento por esses meios.
Ainda que sejam uma das fontes prioritárias para informação, dentre os 60% que utilizam influenciadores, somente metade (32%) afirma que toma decisões de investimento baseadas nas recomendações deles. A maioria dos investidores (73% do total ouvido pela pesquisa) afirma que toma decisões de investimento por conta própria, a partir de conclusões obtidas depois da análise de dados e informações de diversas fontes.
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