Ibovespa tem 8º melhor desempenho entre 78 países em janeiro, diz levantamento

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores do Brasil, a B3, teve o oitavo melhor desempenho em janeiro em relação a dezembro de 2021 na comparação com 78 países, segundo um levantamento exclusivo da Austin Rating feito a pedido do CNN Brasil Business.
Considerando a variação na moeda local, o Ibovespa subiu 7% no primeiro mês do ano, ficando atrás dos principais índices das bolsas do Zimbábue (alta de 11,6%), Nigéria (9,1%), Argentina (8,9%), Arábia Saudita (8,8%), Peru (8,7%), Colômbia (8%) e Turquia (7,8%).
Depois do Brasil, completam os dez melhores desempenhos os índices das bolsas do Qatar (6,8%) e do Sri Lanka (6,4%).
Ainda considerando o desempenho na moeda local, as cinco maiores quedas foram dos índices das bolsas da Coreia do Sul (-10,6%), Estados Unidos (índice Nasdaq, queda de 9%), Dinamarca (-8,9%), Nova Zelândia (-7,9%) e China (-7,6%).
A Rússia, cujo mercado tem sido afetado pela tensão geopolítica em torno da Ucrânia, ficou em sexto lugar, com queda de 6,8%.
O desempenho do Ibovespa, considerando as variações pela moeda local, ficou acima tanto da média dos países emergentes (alta de 1,46%), quanto dos que compõem o Brics – grupo formado por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul -, de queda de 1,27%.
A média geral do desempenho das bolsas dos 78 países foi de queda de 0,24% considerando a variação nas respectivas moedas locais.
Já considerando a variação dos índices pelo dólar, o Ibovespa ficou em 22º lugar, com alta de 1,9%. A maior elevação também foi do Zimbábue, de 11,6%, enquanto o maior recuo foi da Coreia do Sul, de 9,3%.
O bom desempenho brasileiro refletiu um movimento de investidores estrangeiros para países vistos como descontados e ligados a ativos em alta, em especial as commodities, conforme a perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos afastou investimentos nas ações do país.
Nesse cenário, o saldo de investimentos estrangeiros em janeiro ficou positivo em mais de R$ 28 bilhões.
A Nasdaq, cuja bolsa é ligada ao setor de tecnologia, foi a mais afetada, já que esse tipo de empresa é considerado menos seguro por investidores devido aos altos níveis de endividamento.
O índice Dow Jones, da bolsa de Nova York e englobando outros setores, teve queda menor, de 3,3%.