Economista vê dólar a R$ 6 no curto prazo com “política fiscal descontrolada”
Pedro Paulo Silveira, diretor de gestão da Nova Futura Investimentos, avaliou que perspectivas não são boas por causa de política fiscal "totalmente fora de controle"
Os efeitos da “debandada” do Ministério da Economia e da decisão de furar o teto de gastos deve seguir pressionando o dólar, segundo o Pedro Paulo Silveira, diretor de gestão da Nova Futura Investimentos, que vê a moeda chegando a R$ 6 no curto prazo.
Já para o Ibovespa, a previsão é que o índice se acomode num patamar intermediário. “É difícil estabelecer número, mas deve ficar mais próximo de 115 ou 110 mil pontos até o fim do ano”, disse em entrevista à CNN nesta quinta-feira (22).
O economista ressalta que não há resultado único para as previsões de índices econômicos, mas que a economia brasileira fica mais fragilizada com a indicação que política fiscal pode ficar “totalmente fora de controle”.
“A taxa (futura) de juros rompeu a barreira de 12%, o que é forte. Isso vai fazer com que a atividade econômica esperada caia e as expectativas para desemprego piorem.”
Na quinta-feira (21), quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão. Em nota, a pasta alegou “motivos pessoais” para a saída dos técnicos, no entanto, divergências sobre o valor do Auxílio Brasil, novo benefício social anunciado esta semana pelo governo, foram sinalizadas, nos bastidores, como o verdadeiro motivo das exonerações.
“O governo não consegue encontrar uma fórmula para sinalizar aos agentes econômicos algo que seja palatável, por isso, esse derretimento do valor dos ativos brasileiros”, disse.
(Publicado por Ligia Tuon)