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    Bolsas da Ásia fecham em baixa, após tombo em NY com dados de inflação dos EUA

    Na terça, as bolsas de Nova York sofreram tombos de até mais de 5%, na maior queda diária desde junho de 2020, após o CPI dos EUA vir acima do esperado

    Sergio Caldas*, do Estadão Conteúdo

    As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em baixa nesta quarta-feira (14), após Wall Street sofrer um tombo na última terça em reação a dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA que superaram as expectativas.

    Liderando perdas na região asiática, o índice acionário japonês Nikkei caiu 2,78% em Tóquio hoje, a 27.818,62 pontos, enquanto o Hang Seng recuou 2,48% em Hong Kong, a 18.847,10 ponto.

    O sul-coreano Kospi cedeu 1,56% em Seul, a 2.411,42 pontos, e o Taiex registrou queda de 1,59% em Taiwan, a 14.658,31 pontos.

    Na China continental, o dia também foi de perdas: o Xangai Composto teve baixa de 0,80%, a 3.273,54 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,14%, a 2.100,90 pontos.

    Na terça, as bolsas de Nova York sofreram tombos de até mais de 5%, na maior queda diária desde junho de 2020, após o CPI dos EUA vir acima do esperado, gerando temores de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) eleve juros em ritmo ainda mais agressivo.

    A próxima decisão de juros do Fed será no dia 21.

    Tensões entre EUA e China também pesam no sentimento dos investidores na Ásia. Os presidentes chinês, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, deverão se encontrar nesta semana, ressaltando a boa relação dos dois países num momento em que o Ocidente impõe sanções a Moscou pela invasão da Ucrânia.

    Além disso, os EUA estariam considerando aplicar novas sanções a Pequim para evitar agressões a Taiwan, ilha autônoma que a China alega fazer parte de seu território, segundo a Reuters.

    Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o mau humor em Wall Street e na Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 2,58% em Sydney, a 6.828,60 pontos, em seu pior desempenho diário desde meados de junho.

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