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    Bolsa aos 150 mil pontos? Veja as expectativas do mercado para o Ibovespa

    Principal índice do mercado brasileiro renovou máxima histórica ao fechar acima dos 135 mil pontos nesta segunda (19)

    Carol Raciunascolaboração para a CNN

    O Ibovespa atingiu o maior patamar da sua história nesta segunda-feira (19), encerrando aos 135.777 mil pontos, alta de 1,36%. Durante a sessão, o principal indicador do mercado doméstico chegou a superar a faixa dos 136 mil pontos, também recorde na variação intradia.

    A alta amplia o bom humor nos mercados globais visto nos últimos dias, impulsionado por sentimento de alívio após dados dos EUA afastarem a expectativa de recessão na maior economia do mundo, ao mesmo temo que reforçaram que os juros devem começar a cair por lá a partir de setembro.

    Na cena doméstica, falas de autoridades do Banco Central (BC) sobre alta da Selic caso o cenário demande também contribuem ao ancorar taxas mais longas dos juros futuros.

    Após renovar a máxima histórica, analistas do mercado financeiro começam a prever novos picos para o Ibovespa.

    As projeções feitas pelo Itaú BBA com base na trajetória de gráficos indicam que, se o índice continuar marcando novas máximas ou fechar três pregões seguidos com pelo menos 134.400 pontos, a tendência é que ele vá em direção aos 137 mil, 141 mil e até aos 150 mil pontos.

    Na análise, ou o mercado segue no movimento de alta, “ou pode ser uma boa hora de proteger os ganhos dos últimos pregões”, diz relatório desta segunda-feira.

    “Do lado da baixa, o índice encontra suportes em 133.200 e 131.800 pontos. Abaixo deste, poderemos ver mais realizações de lucros e o índice encontrará próximos suportes em 128.400, 126.200 e 123.000 pontos”.

    A instituição coloca como ponto de atenção o desempenho do mercado internacional, que se manteve em tendência de baixa no curto prazo.

    Para o estrategista macro da Genial Investimentos, Roberto Motta, a bolsa deve continuar subindo rumo a 140 mil e, depois, rumo a 150 mil.

    “O Brasil ainda é muito barato. Lembrando que a gente teve uma temporada de balanço em que o crescimento das empresas cresceram a dois dígitos”, destaca Motta.

    Por outro lado, Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, pontua que não vê espaço na atual conjuntura para um desempenho tão otimista do mercado brasileiro.

    “Temos um cenário base de mais ou menos 145 mil pontos, abrindo ressalvas dado o nível de aperto monetário que seja necessário ser feito pelo Banco Central (BC)”.

    Por que a bolsa está subindo?

    Motta, da Genial, pontua que o avanço do mercado brasileiro se apoia em um movimento de alta generalizada em mercados globais.

    Na cena doméstica, o especialista aponta a posição de membros do BC em não descartar aumento dos juros — atualmente em 10,5% ao ano — caso haja piora das expectativas de inflação.

    Nesta segunda (19), o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, voltou a reforçar que a cúpula do BC está disposta a mover a Selic para cima, caso necessário.

    “Isso está ancorando os juros longos e o mercado todo está performando super bem”, explica Motta.

    O BTG Pactual também destacou o fechamento da semana passada com o Ibovespa em alta, “sustentado pelo aumento do apetite ao risco trazido pelo cenário externo, além dos resultados de atividade acima do esperado e do aumento da confiança no mandato de inflação do Bacen”.

    No mesmo sentido, o CEO da Swiss Capital Invest, Alex Andrade, pontuou que relatórios recentes indicam que o mercado imobiliário deve continuar em expansão em 2024, potencialmente impulsionando ainda mais a bolsa brasileira.

    “Além disso, muitas empresas têm apresentado resultados financeiros robustos, superando as expectativas do mercado, o que gera confiança e atrai mais investidores”, aponta Andrade.

    Ele pondera ainda que, apesar das expectativas otimistas, o crescimento contínuo do Ibovespa dependerá da estabilidade política, evolução da economia global e manutenção de um ambiente favorável para os negócios, com especial atenção às contas públicas e à inflação.

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