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    Boa parte da economia está no “modo sobrevivência” de gestão, diz professor

    À CNN Rádio, Roberto Kanter avaliou que, para sobreviver durante a pandemia, investimentos ficam em segundo plano, com raras exceções

    Amanda Garcia, com produção de Bel Camposda CNN

    O desequilíbrio econômico e social causado pela pandemia de Covid-19 durante os anos de 2020 e 2021 faz com que a maior parte das empresas opere no “modo sobrevivência”, de acordo com o economista, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e especialista em empreendedorismo, Roberto Kanter.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele afirmou que os dados da Sondagem Trimestral, realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, apontou que 40% dos pequenos negócios realizaram investimentos em 2021.

    “40% é o ‘lado A’, mas há 60% que não investiu, principalmente varejo físico, que sofre horrores, até antes da pandemia, mas em 2020 e 2021 sofreu muito mais, com raras exceções, como farmácias e supermercados”, disse.

    Segundo Kanter, a razão para a falta de investimentos é muito simples: a falta de dinheiro. “Você entra no modo sobrevivência, não pensa em investir, apenas foca no curtíssimo prazo, boa parte da economia brasileira está sendo gerida dessa forma, a não ser em alguns setores.”

    O especialista acredita que, em 2022, setores de médias e grandes empresas terão maior crescimento, apesar do ano eleitoral. “Acredito que a economia como um todo, acredito que vai evoluir, a economia vai melhorar, a inflação tem tendência a ceder, principalmente se o sistema de oferta no mundo tiver melhor organização globalmente.”

    No caso do pequeno empreendedor, para o economista, ele é “um lutador”: “Vai continuar lutando e trabalhando para desenvolver o próprio negócio, principalmente na área de tecnologia, o grande investimento do pequeno e médio empreendedor foi em tecnologia, para melhorar produtividade, é uma tendência em 2021 e continuará forte em 2022.”

    Roberto Kanter ainda acredita que o Brasil precisa investir na “tripla hélice” para incentivar os pequenos e médios empreendedores: “É a união do estado, com a iniciativa privada e a educação, faculdades públicas são pouquíssimas orientadas ao ambiente empreendedor e inovação, falta papel da Academia.”

    “Acho que falta organização maior neste ecossistema de apoio ao micro e pequeno empreendedor, é o ‘Smart Money’, com sistema melhor de mentoria, troca de ideias, empresas médias e grandes comprando das pequenas, o empresário brasileiro ainda é muito solitário”, completou.

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