B3 fecha 2022 com quase 6 milhões de contas de investimento e bate recorde
Nos últimos 10 anos, número de contas abertas na bolsa de valores aumentou quase 900%
A bolsa de valores brasileira — a B3 — alcançou a marca de 5.847.163 de contas de investimentos com ações ou outros ativos em 2022, o maior em 10 anos. Este número é o total de contas, ou seja, cada pessoa física pode ter mais de uma, cadastradas em diferentes corretoras.
Segundo o último levantamento da B3, a quantidade de investidores pessoa física com ativos em renda variável cresceu 35% entre o 3º trimestre de 2021 e o mesmo período de 2022, passando de 3,3 milhões para 4,6 milhões. Entre o segundo e terceiro trimestres desse ano, houve um aumento de 200 mil investidores.
Se comparamos a quantidade de contas nos últimos 10 anos, a alta foi de 895%. No início do governo Dilma Rousseff, em 2012, o número era de 587.163 contas. Em 2016, já no governo de Michel Temer, as contas caíram para 564.529, mas foram subindo nos anos seguintes.
Em 2019, no governo de Jair Bolsonaro, a quantidade passava de um milhão (1.666.328). Já em 2020, a alta de investidores foi de 94%. Em 2021, foi registrado um avanço de 54% de novas contas.
Em 2022, foram 871 mil a mais do que no ano anterior, um recorde na B3.
Segundo Felipe Paiva, diretor de Relacionamento com Clientes e Pessoa Física da B3, os números mostram que o brasileiro continua buscando oportunidades e diversificação de investimentos, seja em produtos de bolsa ou de renda fixa.
“Esses dados demonstram que ainda há um enorme potencial no país e que milhões de pessoas já começaram a diversificar sua carteira para além da tradicional poupança. Isso explica o saldo positivo e crescimento recorrente do número de pessoas físicas nos últimos anos”, avalia.
Gênero
A quantidade de mulheres na bolsa também teve destaque. A presença feminina teve alta de 58% nos últimos dois anos.
Atualmente, há 4,5 milhões de investidores homens e 1,3 milhão de mulheres. Em 2021, a proporção feminina foi de 23,1%. Caiu para 22,9% em 2022.
De acordo com um relatório da B3, o perfil de gênero dos investidores mudou pouco ao longo dos anos. Apesar da entrada de mulheres nos últimos períodos, a proporção entre homens e mulheres se mantém praticamente constante nos últimos 10 anos.