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    INSS terá parceria com operadoras para “encontrar pessoas” e agilizar benefícios, diz presidente à CNN

    Instituto fez contato com uma série de empresas de telecomunicações

    Danilo Moliternoda CNN

    O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, afirmou em entrevista à CNN que a autarquia firmará parceria com operadoras de celular — as chamadas telecoms — para realizar seu processo de atualização cadastral.

    A atualização cadastral é vista pela gestão do instituto como uma medida “estruturante” para diminuir a fila do INSS. Stefanutto explica que, por vezes, cidadãos apresentam as comprovações necessárias para um benefício, mas não o recebem por problema no cadastro.

    O INSS faz contato com uma série de empresas de telecomunicações para essa parceria.

    Stefanutto explica que os servidores do INSS são capacitados e habilitados para a avaliação e a concessão de benefícios. Não faz parte da expertise específica do instituto “encontrar as pessoas”.

    “Estas empresas que conseguem contatar os brasileiros muito mais rápido. Vamos partir para uma parceria, para chegar neste brasileiro que hoje eu não consigo”, indica.

    A CNN adiantou em outubro que o instituto prevê uma campanha de atualização cadastral para 2024. Além de parcerias com as operadoras, o presidente quer mais troca de informações com outros órgãos, estados e municípios.

    “Quando eu melhorar essa estrutura de comunicação, talvez eu não precise encher agência para fazer atualização de cadastro. Melhorar o dado cadastral, melhora o tempo médio de concessão, porque o benefício não fica parado até o dado ser atualizado”, completa.

    Inteligência artificial

    Ainda em entrevista à CNN, Stefanutto afirmou que a autarquia vai utilizar inteligência artificial para, ao mesmo tempo, diminuir a fila de espera por benefícios e evitar fraudes.

    A fim de reduzir a fila, a gestão atual do INSS mudou regras para concessão do auxílio-doença. Agora é possível solicitar o benefício remotamente, por meio de análise de documentos no sistema Atestmed.

    Apesar de agilizar os benefícios, o modelo trouxe temores de que, sem a necessidade de perícia, poderia haver mais fraudes, mais concessões irregulares e maior gasto público. O presidente diz que a IA atua neste vácuo.

    “A inteligência artificial é uma necessidade. O médico perito não tinha um banco de dados para comparar a letra do atestado, saber se fugia do padrão. A inteligência artificial vai sendo alimentada e consegue comparar estes padrões”, aponta.

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