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    Inflação está convergindo para a meta, diz Campos Neto

    Presidente do BC afirmou que últimos dados do IPCA foram bons

    Reuters , São Paulo

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (21) que os dados mais recentes de inflação foram bons e que o BC vê “possibilidade grande” de que a inflação fique dentro das metas em 2023 e 2024.

    Falando em um evento da consultoria Arko Advice, Campos Neto destacou que o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do setor de serviços mostrou um comportamento positivo nos dados recentes.

    O mais recente boletim Focus do Banco Central, que capta projeções de agentes de mercado, aponta para uma inflação de 4,55% neste ano e de 3,91% em 2024 — as metas são de 3,25% e 3%, respectivamente, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.)

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou neste mês que a alta do IPCA teve leve desaceleração em outubro e ficou abaixo da esperada.

    Ele ponderou, no entanto, que aumentos de ICMS anunciados por estados terão impacto sobre a inflação, podendo elevar o IPCA em 0,1 ou 0,2 p.p.

    Nesta terça, estados do Sul e Sudeste anunciaram que decidiram aumentar a alíquota do ICMS, argumentando que o movimento é necessário para que não sejam prejudicados na distribuição de recursos após a entrada em vigor da reforma tributária sobre o consumo, prestes a ter sua aprovação concluída no Congresso.

    O presidente do BC ressaltou que o crescimento potencial da economia brasileira parece estar um pouco maior, o que é uma boa notícia, mas destacou que a questão fiscal é “grande desafio” do país.

    Enfatizando a importância do arcabouço aprovado este ano para as contas públicas, ele disse que as novas regras fiscais têm ajudado o BC no processo de queda dos juros.

    Na apresentação, Campos Neto voltou a destacar incertezas do ambiente internacional, reafirmando que o aumento nos juros de longo prazo em economias avançadas tende a sugar recursos de emergentes. Por isso, para ele, os países em desenvolvimento precisam “fazer o dever de casa melhor”.

    Ele disse ainda que a desinflação no mundo não virá de uma elevação do desemprego ou uma queda de salários, ao afirmar que o mercado de trabalho está apertado globalmente mesmo com as altas de juros.

    Veja também: SP e mais cinco estados vão aumentar ICMS por “dano colateral” da reforma tributária

     

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