Inflação argentina registra “pico” em novembro, e Milei herda alta de 161% nos preços
Índice de Preços ao Consumidor registrou alta de 12,8% no mês passado
A inflação na Argentina teve em novembro sua maior aceleração mensal em 2023. O Índice de Preços ao Consumidor, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec), registrou alta de 12,8% no mês passado.
Com isso, o recém-empossado presidente, Javier Milei, herda inflação interanual — ou seja, acumulada nos últimos doze meses — de 160,9%. Nos onze meses de 2023, o índice fica em 148,2%.
A principal alta do mês veio no grupo saúde (15,9%), seguido por alimentos e bebidas não alcoólicas (15,7%), comunicação (15,2%) e recreação e cultura (13,2%).
Milei tomou posse no último domingo (10). Na noite da terça-feira (12), Luis Caputo, ministro da Economia, anunciou uma série de medidas com objetivo de resolver a crise inflacionária que se passa no país.
Caputo, porém, adiantou que a situação não deve aliviar para a população no curto prazo. “Estaremos pior do que antes durante alguns meses”, disse.
O pacote integra 10 pontos de ação, com foco na forte desvalorização do câmbio e a contenção de gastos públicos com o corte de subsídios e o fim de licitação de obras.