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    Governo estuda meio termo para empréstimo consignado

    Para evitar desgaste de uma eventual suspensão, assessores do governo avaliam a viabilidade de um novo teto entre 1,81% e 2% para aposentados e pensionistas

    Gustavo Uribeda CNN

    em Brasília

    Na tentativa de evitar o desgaste de uma suspensão completa, o governo federal tem estudado a viabilidade de um meio termo para o teto de juros relativo ao empréstimo consignado concedido a aposentados e pensionistas.

    Na semana passada, o Conselho Nacional da Previdência Social aprovou a redução do teto da taxa de juros de 2,14% para 1,70% ao ano. A mudança representou uma diminuição de 0,44 ponto percentual.

    O novo valor, no entanto, foi considerado inviável por bancos públicos e privados, que suspenderam a modalidade do crédito, criando um mal-estar entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Previdência, Carlos Lupi.

    A suspensão da redução, avaliada pelo Palácio do Planalto, tem sido criticada por assessores do governo, que admitem que o presidente tem estudado um meio termo.

    Uma das alternativas, relatadas à CNN, seria a convocação de uma reunião extraordinária do Conselho Nacional da Previdência Social para a definição de um novo teto que permitiria às instituições financeiras darem continuidade à modalidade de empréstimo.

    Segundo técnicos do governo, um percentual entre 1,81% e 2% permitiria que as instituições financeiras retomassem a concessão do empréstimo, abrindo caminho para uma diminuição para 1,70% no futuro.

    O assunto deve ser tratado em reunião do ministro da Previdência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto. A expectativa é de que uma decisão seja inclusive anunciada.

    Segundo relatos feitos à CNN, o episódio teria ocorrido por um ruído de comunicação. Lula teria dado aval à discussão sobre a redução do consignado, mas não que a proposta fosse viabilizada neste momento. Lupi, no entanto, entendeu que a permissão era para viabilizar a proposta imediatamente.

    Após a aprovação da redução, Haddad chegou a telefonar para o ministro da Previdência, pedindo a suspensão, mas a solicitação não foi efetuada.