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    Foxconn planeja elevar investimentos fora da China

    Companhia também procura evitar possível impacto em seus negócios das crescentes tensões comerciais entre Pequim e Washington

    Por Yimou Lee e Sarah Wu, da Reuters

    A Foxconn, fornecedora da Apple, disse nesta quarta-feira (15) que planeja aumentar os investimentos fora da China, bem como os esforços para atrair montadoras a seu negócio de veículos elétricos, já que a empresa relatou uma demanda mais fraca por eletrônicos de consumo.

    A Foxconn vem diversificando a produção para além da China, país cujos sucessivos lockdowns interromperam as operações na maior fábrica de iPhones do mundo no ano passado.

    A companhia também procura evitar um possível impacto em seus negócios das crescentes tensões comerciais entre Pequim e Washington.

    “É a demanda do cliente que orienta nossas considerações sobre como implantar nossa capacidade de produção no campo da TIC”, disse o presidente do Conselho de Administração da Foxconn, Liu Young-way, em conferência de resultados, referindo-se à tecnologia de informação e comunicação.

    Liu disse que atualmente cerca de 70% da receita da empresa é derivada de produtos fabricados na China, mas que, no futuro, a fatia de produção em outros países continuará a aumentar.

    A Foxconn, que monta cerca de 70% dos iPhones, não informou em quanto aumentará investimentos neste ano.

    Demanda do consumidor fraca

    A Foxconn espera que a receita do primeiro trimestre e do ano inteiro fique estável, uma vez que a fraca demanda por eletrônicos de consumo deverá ser compensada por um crescimento significativo em computação, nuvem, rede e componentes.

    Mais da metade da receita da Foxconn vem de produtos eletrônicos de consumo. A empresa, que busca replicar o sucesso que teve com o iPhone no segmento de veículos elétricos, disse estar se aproximando e sendo procurada por muitas montadoras.

    “A Foxconn expandirá ativamente seus negócios de veículos elétricos na América do Norte e trabalhará de forma mais abrangente com fabricantes de automóveis tradicionais e iniciantes”, disse Liu.

    Ele disse que a receita de componentes de veículos elétricos deverá aumentar acentuadamente para entre US$ 50 bilhões e US$ 100 bilhões taiwaneses este ano, ante US$ 20 bilhões taiwaneses no ano passado.

    O lucro líquido da Foxconn no trimestre de outubro a dezembro caiu 10%, para US$ 40 bilhões taiwaneses (US$ 1,3 bilhão), em relação ao mesmo período do ano anterior, disse a empresa, em linha com a estimativa dos analistas.

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