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    XP vê clientes buscando mais ativos de renda fixa durante crise do coronavírus

    Bruno Constantino, diretor financeiro da empresa, diz que as pessoas "terão que continuar investindo em algo". XP tem R$ 409 bilhões em ativos sob custódia

    Reuters

    A XP espera que seus clientes migrem para ativos de renda fixa em meio à turbulência nos mercados causada pelo novo coronavírus, disse seu diretor financeiro, Bruno Constantino, em teleconferência com analistas nesta terça-feira (17).

    Constantino disse que esse movimento deve compensar os resgates em ações, mantendo a entrada líquida de dinheiro, embora a XP tenha visto uma queda nos ativos sob custódia de grandes clientes. No último trimestre de 2019, a entrada líquida de dinheiro foi de cerca de R$ 11 bilhões por mês.

    “Até agora, a entrada líquida está mantendo o mesmo ritmo (de antes)”, disse ele, quando questionado sobre o impacto da crise do coronavírus. “As pessoas terão que continuar investindo em algo (apesar da crise).”

    O XP divulgou mais cedo que seu lucro do quarto trimestre mais que triplicou, além de ter adicionar mais clientes e reforçou o volume de ativos sob custódia.

    A base de clientes ativos da XP subiu 91% em 12 meses, para 1,7 milhão, aumentando os ativos sob custódia para R$ 409 bilhões, o que mais que dobrou em relação ao ano anterior.

    Este é o primeiro relatório trimestral da XP após a companhia ter listado suas ações na Nasdaq em dezembro.

    O lucro líquido subiu para R$ 390 milhões no trimestre, ante R$ 113 milhões no ano anterior. A receita bruta aumentou 90%, para R$ 1,82 bilhão.

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