Veja as ações mais recomendadas por bancos e corretoras para o mês de novembro

Vale novamente tem a ação mais recomendada por bancos e corretoras para investir no mês, seguida pelos papéis de Itaú, B3, Totvs e Lojas Renner
por: Fabrício Julião, em São Paulo

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A composição da carteira de ações recomendadas para novembro do CNN Brasil Business contou com as indicações de alguns dos principais bancos e corretoras de investimentos do Brasil. São eles: Banco do Brasil, Órama, BTG Pactual, Santander, Warren, Ativa, Terra, Modalmais, XP, CM Capital, Inter e Guide.

A Vale seguiu mais uma vez como a ação mais recomendada, com nove sugestões no total. O ativo da mineradora VALE3 foi seguido pelo ITUB4, do Itaú Unibanco, que teve oito recomendações, e por B3 (B3SA3), Totvs (TOTS3) e Lojas Renner (LREN3), ambas com quatro indicações.

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Tivemos algumas mudanças em relação à carteira de outubro, com a PetroRio (PRIO3) substituindo a ação preferencial da Petrobras, PETR4. As ações de Totvs, B3, Wege, Rumo e Lojas Renner também ganharam espaço na carteira de novembro, após terem ficado de fora do consolidado do mês anterior pela diferença de uma indicação.

Destaques para o mês

Saiba o que os analistas comentaram sobre os papéis mais indicados para novembro:

Vale

Ação: VALE3

Comentário: Órama

"A Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro, com vendas acima dos 300 milhões de toneladas anuais. A alta qualidade do minério, aliada às economias de escala auferidas com o grande volume produzido, tornam a produção da Vale competitiva internacionalmente.

O preço do minério tem declinado, mas ainda se mantém acima da média histórica, de 75 dólares a tonelada. A expectativa é de manutenção neste patamar atual, o que assegura um preço ainda muito bom para a Vale, ampla geração de caixa e capacidade de pagamento de proventos.

Seu robusto pagamento de dividendos semestrais é um grande atrativo e uma forma de balancear nossa carteira de investimentos com uma empresa bastante sólida."

Itaú Unibanco

Ação: ITUB4

Comentário: BTG Pactual

"Continua sendo nossa 'Top Pick' entre os bancos brasileiros, apresentando forte crescimento comercial nos últimos 18 meses, impulsionado por uma transformação cultural. O negócio de atacado teve um desempenho muito bom no 1º semestre de 2022, com alta rentabilidade (28% de ROE) e cost-to-income abaixo de 25%.

Em 2023, vimos o lucro líquido do Itaú crescer 15% ano a ano, após crescer cerca de 20% em 2022 (nossa estimativa). Em nossas reuniões recentes, eles disseram que estão lançando as bases para ter um desempenho superior entre os próximos 5 e 10 anos. O constante 'modo de ataque' do banco e o apetite de crescimento mais forte podem justificar a negociação do banco em um múltiplo superior à sua média histórica.

Além disso, um cenário de capital mais escasso obrigaria as fintechs a focarem em rentabilidade (exatamente como o Itaú), o que também ajuda a nivelar o campo de atuação para o incumbente, que há muito é visto como o banco premium do Brasil. Reiteramos o ITUB4 como uma recomendação de compra e uma de nossas Top Picks".

Totvs

Ação: TOTS3

Comentário: XP

"A Totvs teve uma performance superior ao Ibovespa em outubro, o que pode ser justificado por:  resiliência do business no setor de tecnologia; e otimismo de mercado frente os resultados do 3º trimestre de 2022.

Nossa tese de investimento é baseada em expansão do negócio principal com vendas cruzadas e upselling (de maior valor agregado); entrada em novos mercados (principalmente nos segmentos de Business Performance e Techfin [tecnologia voltada para serviços financeiros]); e re-rating, visto que vemos um risco-retorno atraente nos múltiplos atuais em comparação com pares internacionais e novos segmentos (Business Performance e Techfin)."

B3

Ação: B3SA3

Comentário: Banco do Brasil

"Entendemos que os últimos trimestres foram bastante desafiadores para a B3, especialmente no segmento listado, que foi impactado pelo forte aumento das taxas de juros no Brasil. Entretanto, a empresa provou que possui resiliência e tempestividade para atravessar momentos de adversidade ao avançar em linhas alternativas de negócio – como o segmento de Balcão e o de Tecnologia, Dados e Serviços – e gerar receitas que fizeram compensar parte do impacto sentido no segmento listado, demonstrando também a força de sua diversificação.

Nossa tese de investimento é fundada na interpretação de que o pior momento no cenário doméstico já tenha passado e de que a B3 deve sair fortalecida para 2023, impulsionada principalmente pelo aumento dos volumes negociados em bolsa à medida que as incertezas diminuem e que o apetite ao risco aumente por parte dos investidores.

Além disso, avaliamos também que o Brasil está melhor posicionado economicamente no contexto global em relação a demais países emergentes, tornando-se mais atraente para o fluxo de capital estrangeiro na análise relativa."

Lojas Renner

Ação: LREN3

Comentário: Inter

"Nossa recomendação em Lojas Renner (LREN3) é baseada na retomada da eficiência operacional concomitante ao crescimento das vendas. O investimento no ecossistema de moda e lifestyle já produz resultados e fortalece outras linhas de negócio da companhia.

Além disso, a Lojas Renner segue com posição relevante de caixa. A companhia acaba de concluir um programa de recompra de ações, além de antecipar o pagamento de dividendos para os acionistas e anunciar os planos de quitar cerca de R$ 1,1 bilhão em dívidas.

Na esfera digital, a companhia também vem ganhando representatividade. Como toda a operação de lojas físicas e logística é bem estruturada, a Lojas Renner se dão luxo de concentrar os investimentos no canal online, onde tem capacidade de sair vencedora dada sua escala frente aos rivais.

Apesar do crescimento exponencial de Shein e Shopee, o segmento de vestuário, em nossa visão, segue em aberto entre os players. Reconhecemos que a disputa se acirra no online, mas os brasileiros ainda preferem o formato físico para compra de moda. E nesse formato, a Lojas Renner desfila."

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