Reserva lança marca de roupa para o metaverso e esgota coleção de NFTs
Segundo a empresa, nos primeiros 50 minutos da pré-venda, a marca associada à tecnologia blockchain alcançou o equivalente a um mês de faturamento de vendas em uma loja física
A Reserva, marca de moda brasileira que faz parte do grupo AR&Co (criado após a fusão com a Arezzo&Co), anunciou nesta semana a Reserva X.
Essa é uma marca experimental na Web3 —considerada a “próxima fase” da internet, que une a descentralização e os conteúdos gerados por usuários com as tecnologias blockchain.
Segundo a empresa, as oportunidades em novas tecnologias vem sendo estudadas há um ano. “No ano passado, ficou evidente para nós que não poderíamos tratar as tecnologias relacionadas à blockchain como um futuro distante”, explica Pedro Cardoso, Diretor de Marketing Digital da Reserva.
A primeira iniciativa da Reserva X é o lançamento de NFTs do Pistol Bird (“pássaro pistola”, uma versão reinventada do logo da marca).
Nas primeiras horas da pré-venda, na madrugada da quinta-feira (7), 700 pessoas que se cadastraram e tiveram acesso antecipado ao primeiro de dois lançamentos previstos. Seis artes com 81 NFTs cada foram disponibilizadas aos compradores, que esgotaram 486 tokens no mesmo dia, totalizando R$ 900 mil em vendas.
Segundo informou a empresa, nos primeiros 50 minutos, a Reserva X já havia alcançado o equivalente a um mês de faturamento de vendas em uma loja física da Reserva.
O próximo lançamento, ainda sem data prevista, contará com outras seis artes, que terão valor mais elevado, mas um maior número de benefícios.
O futuro da moda
“Os NFTs, DAOs, Coins são a camada prática e visível das blockchains, o motor por trás desta revolução, que está sendo construída agora e vai modificar todas as indústrias”, ressalta Cardoso.
A Reserva é mais uma das dezenas de companhias que têm investido em lojas, produtos e experiências envolvendo o metaverso e as tecnologias blockchain. A Renner, por exemplo, desenvolveu um mapa dentro do jogo Fortnite, que serve como uma loja física, mas no ambiente virtual. Banco do Brasil e Itaú também se aventuraram pelo metaverso, desenvolvendo opções de investimento e cidades virtuais para clientes.
Questionados sobre uma possível entrada no metaverso, Pedro afirma que está nos planos da empresa. “Criamos um núcleo dedicado a aprender, organizar e implementar as oportunidades do ecossistema Web3 para o nosso negócio”, explica.
30Segundo ele, projetos de customização, e plataformas com ferramentas de descentralização são o futuro do mercado, e conectam a marca ao cliente “de forma diferente e mais próxima, em níveis de co-criação remunerada. Por exemplo: coleções gerando funding para detentores de NFT, produtos sendo produzidos conforme a venda deles na versão digital, iniciativas de realidade aumentada, parcerias com games, entre outros.”
Sobre oportunidades e desafios dessas tecnologias no mundo da moda, Pedro vê que existem “duas revoluções acontecendo simultaneamente”. Primeiro, a descentralização financeira (Defi) com blockchains e suas camadas práticas como NFT, DAOs, smart contracts. Segundo, a evolução gráfica e tecnológica do universo de games, realidade aumentada, tecnologias visuais e ambientes virtuais.
“Elas estão se misturando e a indústria de moda está posicionada para participar de ambas”, diz.
Os desafios, segundo ele, estão ligados ao aumento da segurança, eficiência e usabilidade de todas as tecnologias relacionadas ao blockchain. “A descentralização traz liberdade, mas sem a segurança precisa vir junto”, finaliza.
As doze artes estão divididas em três categorias: Admission, Creator e Royal. Ao comprar um NFT, o indivíduo terá acesso à coleção Pistol Birds exclusiva, acesso antecipado a collabs e lançamentos, além de ganhar um casaco com o pássaro pistola do seu NFT.
O Royal, mais exclusivo, tem como um de seus benefícios uma mentoria de uma hora com o CEO e fundador da Reserva, Rony Meisler.
Uma parte dos fundos arrecadados serão destinados à ONG Banco de Alimentos, que complementa refeições para população em situação de insegurança alimentar.
A ONG Banco de Alimentos recebe royalties na venda primária e secundária —ou seja, quando o público negocia entre si os NFTs— e uma doação extra a cada 25% da venda do estoque.
A Reserva ainda fará a compensação Carbono de toda a venda, em uma operação conjunta com a Moss, empresa que presta este serviço a quem deseja neutralizar suas emissões via créditos de carbono.
*Sob supervisão de Deise de Oliveira