Projeção do mercado para queda do PIB em 2020 volta a piorar após 9 semanas
A piora acontece uma semana após o resultado do PIB no 2º semestre, que registrou queda recorde de 9,7%. A estimativa passou para retração de 5,31% ante 5,28%
Após nove semanas consecutivas de melhora na projeção para o tombo do Produto Interno Bruto (PIB) 2020, os economistas do mercado financeiro revisaram a previsão para pior. A estimativa passou para retração de 5,31%, ante 5,28% na semana passada.
A piora na projeção acontece uma semana após o resultado do PIB no segundo semestre, que registrou queda recorde de 9,7%. No fim de junho, a expectativa o mercado para a contração do PIB alcançou o pico de 6,54%.
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Os números são do relatório semanal Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Banco Central. O documento reúne a estimativa de mais de 100 instituições do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos.
A previsão de contração econômica em 2020 reflete os impactos da pandemia da Covid-19, na economia nacional e mundial, que também caminha para uma recessão.
As tendências de melhora nas previsões vinham acontecendo como reflexo dos dados positivos de indicadores macroeconômicos recentes, como a alta nos setores de indústria e de serviços em junho, bem como o saldo positivo na criação de vagas do mercado formal de trabalho. Com o resultado do PIB no segundo semestre, no entanto, o país entrou em recessão técnica.
Inflação
As expectativas para o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) permaneceram praticamente estáveis, avançando de 1,77% para 1,78%.
Com o resultado, a inflação do país segue abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual, ou seja, podendo variar de 2,50% a 5,50%.
A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e, para persegui-la, o BC eleva ou reduz a taxa de juros básica, a Selic. Atualmente, a Selic está na mínima histórica, a 2% ao ano. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
O mercado também espera que os juros voltem a subir gradualmente no ano que vem. Para o fim de 2021, a estimativa é de uma Selic a 2,88% a.a – mesmo valor que o apresentado pelo relatório na semana anterior.
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