Precatórios podem virar esqueletos e mercado reage
A indefinição sobre os precatórios hoje é a maior fonte de preocupação dos gestores de investimento



A segunda-feira (30) foi marcada pelo manifesto da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em defesa da harmonia entre os Três Poderes. A programação previa a publicação do documento ainda na segunda, mas a Fiesp anunciou que iria prorrogar a publicação do texto nos jornais impressos desta terça-feira (31) para incluir novas eventuais adesões de outras entidades ou setores.
Independentemente de publicação ou não, fato é que aumentou a insatisfação de empresários e banqueiros com governo de Jair Bolsonaro. Tanto que encontraram um jeito de se posicionarem juntos para pedir “harmonia” em Brasília.
O manifesto pode ganhar reforço da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que raramente se expõe em questões mais políticas, que deve engrossar o movimento – até o momento. Caixa e Banco do Brasil chegaram a ameaçar sair da Federação dos Bancos por conta disso.
Enquanto isso, o setor do agronegócio resolveu falar e já divulgou a sua insatisfação com o clima em Brasília. Foram sete entidades juntas, com um texto forte e cobranças duras à instabilidade institucional. “São crises intermináveis.Risco de retrocessos e rupturas institucionais”, diz o documento.
Nesta terça-feira (31) o foco deve ficar na Lei Orçamentária de 2022, pois hoje se encerra o prazo para apresentá-la. Podemos esperar um projeto bem estéril, sem projetos políticos ou ousadias. O pagamento dos precatórios, por exemplo, deve vir com previsão integral.
O novo Bolsa Família, já chamado Auxílio Brasil, também deve vir sem expansão no valor dos benefícios ou no número de beneficiados. E isso por um motivo bem simples: não há fonte de recurso para bancar tudo.
Outro assunto ainda sem desfecho são os precatórios. Esse é a maior fonte de preocupação hoje dos gestores de investimento.
E com tantas preocupações rondando, não conseguimos pegar carona no dia de recordes das bolsas internacionais, principalmente das americanas. Por aqui, o Ibovespa embicou para baixo desde cedo e perdeu os 120 mil pontos, fechando em 119.739 pontos, queda de 0,78%. O dólar também pegou um caminho de baixa – de leve – e fechou a R$ 5,18.
Além da Lei Orçamentária, aguarda-se para esta terça-feira a divulgação de mais dados sobre o emprego no país, desta vez vindos do IBGE, a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) referente ao mês de julho.
Neste episódio do Abertura de Mercado, a comentarista de economia da CNN Thais Herédia ouve especialistas sobre esses receios e fala sobre os acontecimentos dentro e fora do país que impactam diretamente nossa economia.
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*Publicado por Ana Carolina Nunes