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    Por que Wall Street está obcecada com “spinoffs corporativos”

    Nova empresa criada por meio da cisão opera como uma entidade separada com sua própria equipe de gestão e conselho de administração e normalmente tem um foco ou estratégia diferente da empresa controladora

    Nicole Goodkinddo CNN Business

    O chamado “spinoff” ocorre quando uma companhia divide uma parte de seus negócios em uma empresa separada. A empresa-mãe pode distribuir ações da nova empresa aos seus acionistas, permitindo-lhes possuir ações em ambas.

    A nova empresa criada por meio da cisão opera como uma entidade separada com sua própria equipe de gestão e conselho de administração e normalmente tem um foco ou estratégia diferente da empresa controladora.

    Em um ano com notável falta de atividades de fusão e ofertas públicas iniciais (IPOs), as empresas americanas anunciaram 44 novas cisões e concluíram 20 delas, no valor total de US$ 61 bilhões.

    A expectativa é de que a bonança continue este ano, dizem analistas do Goldman Sachs. O clima econômico que apoiou a atividade de spinoff no ano passado permanece: taxas de juros crescentes, margens de lucro máximas e crescimento econômico abaixo da tendência.

    O que está acontecendo?

    Spinoffs podem ser benéficos em todos os aspectos, já que permitem que a controladora se concentre em suas operações principais, enquanto a nova empresa pode operar com maior flexibilidade e focar em suas áreas de negócios específicas.

    Esses chamados “SpinCos” geralmente superam suas controladoras, podem impulsionar o crescimento e oferecer um impulso aos acionistas durante anos ruins para o mercado de ações. Isso poderia explicar por que até mesmo algumas empresas bem estabelecidas iniciaram cisões no ano passado.

    A General Electric concluiu sua cisão da GE HealthCare (US$ 26 bilhões), seguida pela Mobileye da IntelJohnson & Johnson, Kellogg e 3M devem criar novas SpinCos este ano.

    Problemas no paraíso

    Os spinoffs oferecem aos investidores o potencial de maior flexibilidade, modelos de negócios simplificados e equipes de gerenciamento focadas. Wall Street tende a gostar disso.

    Das 377 transações de spinoff concluídas desde 1999, as ações das SpinCos superaram as de suas controladoras em uma média de quatro pontos percentuais após o primeiro ano e sete pontos percentuais em dois anos, de acordo com o Goldman Sachs.

    Mas no ciclo de 2022, enquanto 11 das 20 spinoffs superaram o S&P 500 desde a conclusão da transação, apenas seis superaram suas entidades controladoras.

    Então, o que está acontecendo? “Culpe as margens de lucro mais baixas”, diz o Goldman. Essas empresas menores e recém-formadas ainda estão em processo de se estabelecer no mercado e geralmente têm margens de lucro mais baixas do que a empresa controladora.

    Normalmente, essa é uma compensação aceitável pelos investidores se a empresa tiver um forte potencial de crescimento a longo prazo.

    Mas não neste ambiente. Custa muito tomar empréstimos hoje em dia e os investidores estão procurando lucros altos e ações de valor, avaliou o Goldman.

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