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    Ouro se torna boa opção contra queda das bolsas causada pelo coronavírus

    O Ibovespa fechou a quarta-feira (26) em queda de 7%, com o Dólar cotado a R$ 4,44. O movimento é reflexo do impacto global do coronavírus, que começa a afetar fortemente as bolsas de valores do mundo todo. As incertezas globais fizeram aumentar a procura por fundos de investimentos lastreados no ouro, elevando as buscas por ativos deste tipo em 150%.

     

    Fechada desde a última sexta-feira (21) por conta do Carnaval, a B3 abriu o pregão desta quarta-feira de cinzas, as 13h, em queda de 5 pontos percentuais. Nem mesmo o anúncio de operações de swap cambial de R$ 1,5 bilhões anunciado pelo Banco Central não arrefeceu a trajetória de queda.

     

    “A partir deste cenário de enfraquecimento das vendas causado pelo coronavirus que vemos os impactos reais da doença na economia real” explica o economista-chefe do Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira. “Infelizmente a incerteza gera instabilidade, e uma alimenta a outra”.

     

    Foi a maior queda da bolsa de valores de São Paulo desde o Joesley Day, quando foi revelado o conteúdo de um diálogo entre o ex-presidente Michel Temer (MDB) e Joesley Batista, gravada pelo próprio empresário, que controla o Grupo J&F. 

     

    Naquela ocasião, a B3 foi obrigada a acionar o circuit breaker – quando a bolsa interrompe suas operações para evitar quedas maiores. Essa quarta de cinzas não chegou a uma situação tão dramática, mas abalou investidores, que começaram a buscar alternativas para se blindar de eventos imprevisíveis, como o surto de coronavírus.

     

    O cenário alavancou a busca pelo ouro como alternativa para os investidores. Na comparação com fevereiro do ano anterior, a procura por ativos deste tipo aumentou em 150%, com a cotação do ouro em 2020 acumulando alta de 8,25%.

     

    O ouro é considerado um ativo estável por conta de suas próprias limitações físicas, evitando grandes variações de oferta além de ser provado como uma classe de investimentos segura ao longo do tempo.

     

    Para quem não pretende mudar suas posições ou não tem dinheiro para investir no momento, a dica da hora é cautela. “Quem não quiser investir em ouro precisa ter cautela e paciência, já que a perspectiva de recuperação das empresas afetadas pelo coronavírus é de 10 meses a dois anos”, aconselha o empresário Bernardo Pascowitch.

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