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    Na onda dos NFTs, Pabllo Vittar diz que prepara projeto em formato digital

    Além de Vittar, outros artistas no Brasil também já utilizaram a tecnologia para lançar projetos artísticos, como os cantores Lucas Silveira, da Fresno, e Supla

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    A cantora Pabllo Vittar lançará neste ano um projeto em NFT (non-fungible tokens, ou tokens não fungíveis, na traducão literal), entrando para o extenso grupo de pessoas que vêm se beneficiando da nova forma de tecnologia nos últimos meses. Em seu perfil no Instagram, Vittar afirmou que “está trabalhando em um drop de NFT”. 

    Um token não fungível é, na prática, algo que não pode ser trocado, e é considerado único e insubstituível. Pense em um quadro de Leonardo da Vinci: uma obra do pintor jamais poderá ser trocada por outra de outro artista pelo mesmo valor da que foi adquirida, pois não serão compatíveis entre si. 

    Em entrevista recente ao CNN Business, o cientista cognitivo e professor de Inteligência Artificial da PUC-SP Diogo Cortiz explicou como funciona.

    Uma nota de R$ 10 pode ser trocada por outra nota de R$ 10 ou duas notas de R$ 5. E a pessoa que fez a troca não perde o valor que tinha. Isso é um produto substituível. O NFT, como citado acima, não — e, assim, se torna original.  

    Além de Vittar, outros artistas brasileiros também já utilizaram a tecnologia para lançar projetos artísticos.

    Foto de exibição NFT em galeria de arte. Imagem totalmente gerada em 3D
    Foto de exibição NFT em galeria de arte. Imagem totalmente gerada em 3D
    Foto: gremlin / Getty Images

     

    Um deles foi o cantor Supla que, com o cineasta Frederico Lapenda, colocou à venda um vídeo do app TikTok custando um ETH, criptomoeda adquirida pelo blockchain Ethereum — cerca de R$ 13.574,34.

    Outro foi o cantor Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno, que está vendendo um gif de uma obra feita por seu irmão, o artista Bruno 9LI, por 0,02 ETH e afirmou que a obra é “a primeira de uma série”. 

    Mas o pioneiro dos NFTs no Brasil foi um perfil de Deus no Twitter. E não, você não leu errado. Nesta quarta-feira (14), um norte-americano comprou um tuíte feito por um perfil humorístico, o @OCriador, por cerca de R$ 350. 

    Nos Estados Unidos, a banda Kings Of Leon foi a primeira a vender um álbum utilizando a tecnologia, arrecadando cerca de US$ 2 milhões com as vendas. Por cada unidade do disco, são cobrados 766,4 EH. 

     

    Até mesmo o CEO do Twitter, Jack Dorsey, entrou na onda e vendeu seu primeiro tuite da história por US$ 2,9 milhões. E o que a publicação dizia? Simplesmente a frase “configurando o meu twttr”. 

    A cantora canadense Grimes, esposa do excêntrico bilionário Elon Musk, vendeu no início de março obras de arte via NFT e faturou cerca de US$ 6 milhões. A obra mais cara — um vídeo em cópia única de um minuto com anjos voando enquanto uma música original dela tocava ao fundo — foi vendida por US$ 389 mil.

    Musk também anunciou em março que estava produzindo e iria vender uma música usando o formato digital, mas nunca confirmou o valor ou a veracidade da peça. 

     

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