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    Após renovar mínimas, Ibovespa toma fôlego e fecha em alta de 1,37%

    O dólar encerrou em leve baixa de 1,53%, a R$ 5,5225

    Artur Nicocelido CNN Brasil Business*

    O Ibovespa fechou a sessão desta sexta-feira (5) em alta de 1,37%, aos 104.824,23 pontos, aliviando as tensões após renovar mínimas no fechamento de ontem (4). O desempenho positivo da bolsa hoje foi resultado do balanço financeiro do Bradesco, além dos agentes financeiros continuarem a acompanhar o desdobramento da PEC dos Precatórios.

    A instituição financeira, que encerrou os papéis ‘BBDC4’ em alta de 4,93%, a R$ 19,99, hoje, registrou na última quinta-feira lucro líquido recorrente de R$ 6,7 bilhões no terceiro trimestre, alta de 34,5% em relação ao mesmo período de 2020. O resultado foi o segundo maior na história do Bradesco. O banco possui a participação de 5,63% na carteira do Ibovespa.

    Já no centro de Brasíli, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), garantiu que a PEC será aprovada em segundo turno na Casa. O projeto permitirá a criação de um programa social com pagamento previsto de 400 reais que terminará ao final de 2022, ano eleitoral.

    “A pequena diferença de votos na votação do primeiro turno pode estar indicando que a aprovação em segundo turno está em risco. Nossa avaliação é que, se isto ocorrer, a reação dos investidores pode ser bastante positiva”, afirmou a equipe da Genial Investimentos em comentários à clientes.

    Ao longo do dia, a melhora no pregão era endossada pelo cenário externo, com dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos corroborando perspectivas positivas para a atividade econômica norte-americana no começo do quarto trimestre.

    A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos aumentou mais do que o esperado em outubro, conforme as infecções por Covid-19 durante o verão no Hemisfério norte diminuíam, oferecendo mais evidências de que a atividade econômica está recuperando o fôlego no início do quarto trimestre. Foram criados 531 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de empregos, nesta sexta-feira (5).

    Os dados de emprego também foram responsáveis pelo fechamento do dólar em uma forte queda de 1,53%, a R$ 5,5225, a maior perda diária em quase 2 meses contra o real. Os investidores interpretaram os dados desta manhã como bastante saudáveis, mas ressaltaram que não devem elevar a pressão para que o FED (Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos) intensifique seu processo de reversão de seu estímulo ou antecipe altas de juros. Na véspera, a moeda norte-americana à vista subiu 0,35%, a R$ 5,6085 na venda.

    O Federal Reserve decidiu, em 21 de setembro, manter inalterada a taxa básica de juros do país, entre 0 e 0,25%.

    Anderson Meneses, CEO da Alkin Research, escreveu à Reuters que, “com restrições na cadeia de suprimentos e uma baixa taxa de participação, dados fortes de emprego podem significar uma estabilização da oferta com menor pressão inflacionária e consequentemente queda no rendimento dos treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos)”. Rendimentos mais altos nos EUA tendem a beneficiar a moeda norte-americana.

    Destaques da bolsa

    A PetroRio (PRIO3) fechou o último pregão desta semana com o posto de “maior alta”, com variação positiva de 20,09%, a R$ 28,09. O movimento é resultado do anúncio da companhia sobre ter sido escolhida para começar as negociações exclusivas dos termos finais para a compra dos campos de Albacora e Albacora Leste, da Petrobras.

    Abaixo estava a Magazine Luiza (MGLU3), com alta de 12,64%, a R$ 12,48. O crescimento da varejista tem como pano de fundo o resultado do Mercado Livre, divulgado ontem, com alta de quase 30% no volume de vendas sobe a métrica Volume Bruto de Mercadoria (GMV, na sigla em inglês).

    • PetroRio (PRIO3) +20,09%
    • Magazine Luiza (MGLU3) +12,64%
    • Via Varejo (VIIA3) +10,03%
    • Azul (AZUL4) +9,38%
    • Gol (GOLL4) +8,81%

    Veja as maiores baixas abaixo:

    • Gerdau (GGBR4) -2,86%
    • Itaú (ITUB4) -2,46%
    • Usiminas (USIM5) -2,20%
    • Itaúsa (ITSA4) -2,15%
    • Gerdau (GOAU4) -1,95%

    *Com Reuters

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