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    Dólar valoriza 2,50% e fecha a R$ 5,38 com aversão a risco; Ibovespa cai 2,33%

    Principal índice da bolsa brasileira ficou abaixo dos 110 mil pontos nesta segunda-feira (26)

    da Reuters

    O dólar encerrou esta segunda-feira (26) com alta de 2,50%,subindo a R$ 5,379, em uma sessão marcada por aversão a risco no exterior, enquanto, no Brasil, a reta final da corrida eleitoral colaborava para a cautela de investidores.

    Esse foi o maior valor de fechamento da moeda norte-americana desde 22 de julho (R$ 5,4976), que chegou a ter um pico na sessão, de R$ 5,42, um salto de 3,23%, em nível intradiário não visto desde 25 de julho.

    A moeda norte-americana subiu pelo segundo pregão consecutivo, após fechar a última sessão em alta de 2,59%, a R$ 5,2483 na venda, maior valorização diária desde 22 de abril (+4,07%) e maior patamar para encerramento desde o último dia 16 (R$ 5,2609). Entre sexta e hoje, a moeda acumula alta de 5,15%, maior ganho em duas sessões desde os 5,59% somado entre 22 e 25 de abril.

    Já o Ibovespa fechou o dia com queda de 2,33%, aos 109.114,16 pontos, acompanhando cenário negativo nos mercados acionários no exterior, à medida que seguem as preocupações com os impactos das altas de juros ao redor do globo nas economias.

     

    Dólar

    Alguns investidores estão cada vez mais preocupados com o risco de a alta meteórica do dólar estar preparando o terreno para uma rápida reversão de posições, o que prejudicaria aqueles que buscaram refúgio na moeda norte-americana nos últimos meses.

    Taxas de juros crescentes nos EUA, uma economia norte-americana comparativamente forte e a demanda por proteção contra oscilações selvagens nos preços dos ativos atraíram investidores para o dólar.

    O índice da moeda frente a uma cesta de rivais salta 19,2% neste ano e quase 27% desde o fim de 2020.

    “Investidores ainda (estão) preocupados sobre a consequência que os apertos monetários dos grandes bancos centrais do mundo podem levar às economias, uma recessão”, disse Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora, notando o fortalecimento do dólar no exterior.

    Investidores têm fugido rapidamente de ativos considerados arriscados nos últimos dias, principalmente desde que o Federal Reserve subiu sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez seguida na quarta-feira passada e projetou uma trajetória de aperto monetário mais agressiva do que o inicialmente esperado pelos mercados.

    Juros mais altos nos EUA beneficiam o dólar ao tornar os retornos da renda fixa norte-americana mais interessantes para o capital estrangeiro, e também têm desencadeado temores de recessão, já que tendem a restringir os gastos de empresas e famílias.

    Cenário doméstico

    Com a divulgação de dados de inflação das principais economias e falas de dirigentes de bancos centrais agendadas para os próximos dias, “a semana promete ser desafiadora… um prato cheio para amplitude e volatilidade” nas oscilações do câmbio, completou Rugik, chamando a atenção ainda, no âmbito doméstico, para as eleições presidenciais de domingo.

    A última semana de campanha antes do primeiro turno será marcada por uma avalanche de pesquisas eleitorais, com todas as atenções voltadas para possíveis indícios sobre as chances de o líder nas pesquisas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liquidar a fatura já no dia 2 de outubro.

    Analistas da Genial Investimentos também destacaram em relatório a agenda local de indicadores desta semana, que trará as leituras do IPCA-15 de setembro e do índice de preços ao produtor de agosto, dados de desemprego, relatórios de dívida e crédito e dados fiscais.

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