Alívio na guerra comercial faz dólar cair a R$ 5,52; Ibovespa tem leve queda
O anúncio de pacote de medidas da pasta de Paulo Guedes ainda não aconteceu
Enquanto investidores brasileiros esperam o governo federal anunciar um pacote com medidas econômicas, o Ibovespa teve um dia morno.
A bolsa brasileira fechou o dia com queda de 0,18%, aos 102.117,64 pontos. O recuo de hoje, porém, ainda não é suficiente para reverter o ganho de 0,77% que o Ibovespa teve ontem. Na semana, portanto, o índice ainda avança.
O mercado financeiro está de olho no pacote de medidas prometido por Paulo Guedes, que deveria ser anunciado hoje, mas foi adiado, e o governo ainda não decidiu quando vai anunciar as medidas. Por enquanto, não há pistas do que a equipe econômica está preparando.
Lá fora, otimismo. Isso porque China e Estados Unidos parecem comprometidos com a Fase 1 do acordo comercial entre os países. Esse otimismo fez com o que os investidores estrangeiros aceitassem um pouco mais de risco e dólar perder valor ante o real.
O dólar à vista caiu 1,19%, a R$ 5,5274 na venda, menor valor desde o último dia 18 (R$ 5,4685).
Destaques
A Vale (VALE3) ajudou a puxar o resultado negativo desta terça-feira. A mineradora recuou 2,13%, refletindo a queda no preço dos minérios.
O Itaú (ITUB4) caiu 0,74%, em sessão na qual prevaleceu o sinal negativo para os bancos. Bradesco (BBDC4) fechou estável, o Banco do Brasil (BBSA3) cedeu 0,6%, o Santander (SANB11) perdeu 0,72% e BTG Pacual (BPAC11) fechou em baixa de 2,75%.
A Petrobras viu suas ações preferenciais (PETR3) e ordinárias (PETR4) recuarem 0,44% e 0,47%, respectivamente, apesar da alta dos preços do petróleo no mercado externo, em ajustes após avanço na véspera.
A Eletrobras (ELET6) esteve mais uma vez entre as maiores altas, com valorização 3,11% com o avanço das movimentações no Congresso para sua privatização.
Fora do Ibovespa, a Lojas Marisa dispararam mais de 8,41% depois de apresentar os resultados do segundo trimestre, quando a varejista teve prejuízo de R$ 171,7 milhões. As perdas foram menores que o esperado pelo mercado, por isso a animação dos investidores.
Lá fora
Nos Estados Unidos, comentários de autoridades chinesas e americanas animaram e levaram os índices S&P 500 e Nasdaq a novas máximas históricas.
O Nasdaq avançou 0,77% ajudado por ações do Starbucks (+4,9%) e Facebook (3,5%). O S&P chegou a nova máxima depois de avançar 0,34%. O Dow Jones, por outro lado, caiu 0,19%, com as ações da Pfizer recuando 1,26%.
Já as ações europeias fecharam em queda nesta terça-feira, prejudicadas por perdas nas blue-chips britânicas, enquanto dados econômicos mistos e o crescimento contínuo de novos casos de coronavírus minaram o otimismo sobre um possível tratamento para a Covid-19.
O índice FTSEurofirst 300 .FTEU3 caiu 0,32%, a 1.435 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 .STOXX perdeu 0,3%, a 370 pontos, ficando confortavelmente dentro de sua faixa de negociação estabelecida em meados de maio.
Na China, as ações do índice ChiNext, pesado em tecnologia, subiram pelo segundo dia consecutivo, à medida que os investidores comemoravam a mais recente reforma e relaxamento das regras de negociação e listagem da bolsa. Já o CSI300 avançou 0,13% e o índice de Xangai teve queda de 0,36%.
(Com Reuters)
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