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    Ibovespa sobe 1,5% após fala de Campos Neto; dólar avança e chega a R$ 5,66

    Sobre o movimento de alta da Selic, o presidente do BC disse que fazer "mais e mais rápido" reduz intensidade do ajuste total

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar à vista subiu 0,56% nesta quinta-feira (25), a R$ 5,6698. É o maior valor desde o último dia 9 (R$ 5,7927). 

    Na B3, o Ibovespa fechou em firme alta. O principal índice da bolsa nacional subiu 1,5%, aos 113.749 pontos. 

    Declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tiveram participação relevante na melhora da bolsa paulista, após hesitação na primeira etapa, uma vez que trouxe alívio na curva futura de juros.

    Campos Neto procurou explicar a “normalização parcial” da política monetária citada pelo Copom na última decisão, que elevou a Selic a 2,75% ao ano, e que fazer “mais e mais rápido” reduz intensidade do ajuste total.

    As ações do setor elétrico foram o destaque desta quinta-feira. A Equatorial (EQTL3) liderou as altas com ganho de 6,95% depois de anunciar resultado trimestral robusto. A Eletrobras (ELET3) subiu 4,96% depois da indicação de um nome considerado técnico para comandar a estatal. 

    No câmbio, pesou, assim como na sessão anterior, a crise sanitária do novo coronavírus convertida em tensão política em Brasília. Depois de participar da reunião com chefes dos Três Poderes, na quarta-feira (24), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que não tolera mais erros na condução da pandemia e acendeu o “sinal amarelo” para ações de contenção do coronavírus no país.

    Sem dar nomes, Lira disse que “remédios políticos podem ser utilizados, são conhecidos e todos amargos; alguns, fatais”. O deputado também disse que não é possível culpar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou o governo federal sobre os números da pandemia, mas citou que o “espiral de erros” pode ser alvo dos tais “remédios políticos”.

    Na economia, o Banco Central revisou a projeção para o desempenho econômico deste ano. A estimativa para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) passou para 3,6%, ante 3,8% previsto anteriormente. 

    Segundo o BC, a relativa estabilidade na projeção reflete tanto a surpresa positiva do PIB no quarto trimestre de 2020, que caiu menos do que o esperado, como a manutenção da atividade
    econômica em nível elevado no início de 2021. A informação é do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (25). 

    Lá fora

    Em Wall Street, os índices acionários fecharam em alta depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, dobrou a meta para 200 milhões de doses de vacinas contra Covid nos primeiros 100 dias de governo. 

    O presidente americano ainda mencionou como progresso econômico dados do Departamento do Trabalho que mostraram um número decrescente de norte-americanos solicitando auxílio-desemprego.

    O Dow Jones teve alta de 0,62%, aos 32.619 pontos, o S&P 500 valorizou-se 0,52%, aos 3.909 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,12%, aos 12.977 pontos.

    As ações europeias fecharam em queda nesta quinta-feira, com temores sobre as restrições ao coronavírus na zona do euro provocando uma fuga das ações de energia e financeiras para empresas consideradas mais seguras durante o aumento da incerteza econômica.

    O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,04%, a 1.630 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 0,07%, a 423 pontos.

    As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira (25), com algumas delas se recuperando de quedas recentes, mas grandes empresas de tecnologia chinesas negociadas em Hong Kong foram penalizadas por temores de que possam perder suas listagens em Nova York.

    Tanto os mercados de Tóquio quanto de Seul ficaram no azul hoje e interromperam sequências de quatro pregões negativos. O índice japonês Nikkei subiu 1,14%, a 28.729,88 pontos, impulsionado por ações financeiras e de eletrônicos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,40%, a 3.008,33 pontos, ajudado por papéis de bancos e varejistas. O Taiex, por sua vez, registrou modesta valorização de 0,17% em Taiwan, a 16.060 pontos.

    Já em Hong Kong, o Hang Seng teve baixa marginal de 0,07%, a 27.899,61, mas gigantes de tecnologia chinesas também negociadas em Wall Street sofreram perdas acentuadas. Foi o caso da Baidu (-9,65%), do Alibaba (-3,91%) e da Tencent (-2,81%).

    A liquidação das “giant techs” em Hong Kong veio após a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, pela sigla em inglês) anunciar ontem a adoção de uma regra provisória determinando que algumas empresas estrangeiras submetam documentação para provar que não são controladas por entidades governamentais. A exigência deverá afetar principalmente empresas chinesas, que estão sujeitas a ter suas listagens em Nova York canceladas.

    Na China continental, as bolsas também encerraram o dia com leves perdas. O Xangai Composto caiu 0,10%, a 3.363,59 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,02%, a 2.166,40 pontos. O volume de negócios combinado de Xangai e de Shenzhen ficou abaixo de 680 bilhões de yuans (cerca de US$ 104 bilhões), o menor desde o começo do ano.

    Na Oceania, a bolsa australiana se recuperou no fim do pregão, e o S&P/ASX 200 avançou 0,17% em Sydney, a 6.790,60 pontos. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

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