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    Dólar e Ibovespa fecham em queda com desfecho para Orçamento no radar

    Os índices acionários dos Estados Unidos também caíram após alcançar recorde histórico e ajudaram a pressionar o Ibovespa para baixo

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    Após uma sessão volátil, em que se alternou entre altas e baixas, o dólar encerrou esta terça-feira (20) com uma queda de 0,09%, cotado a R$ 5,549. O dia pior nos mercados externos acabou servindo como uma pausa depois de a moeda cair expressivamente por cinco sessões e, na véspera, ter fechado na mínima em um mês.

    Na B3, o Ibovespa teve um dia fraco e caiu 0,72%, para 120.061 pontos, depois de abrir o pregão em alta. Foi a segunda queda seguida do Ibovespa, após três semanas de valorização, sendo que na última subiu em todos os pregões e chegou a ultrapassar os 121 mil pontos. Na véspera, também chegou a encostar em 122 mil pontos, nível que não supera desde janeiro.

    A queda de 1,4% nas ações da Vale (VALE3), que tem um dos maiores pesos do Ibovespa, colaboraram para pressionar o principal índice acionário da bolsa brasileira. A empresa anunciou alta de 14,2% na produção de minério de ferro no primeiro trimestre, enquanto as vendas subiram quase 15%.

    A mineradora também registrou um prêmio de mais de US$ 8 por tonelada pelo produto. O analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, disse que as vendas vieram um pouco abaixo do que estimava, mas que o prêmio veio um pouco melhor.

    Investidores reagiam à aprovação pelo Congresso Nacional de um projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e traz ajustes para permitir a sanção do Orçamento deste ano. A expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro sancione o texto até quinta-feira (22). 

    “Ao que tudo indica, esse acordo abre espaço para gastos fora do teto constitucional”, diz Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos. Embora essa perspectiva gere preocupação, “o mercado vai acompanhá-la com cautela, e, pelo menos, o impasse de vários e vários dias sobre o Orçamento foi finalizado.”

    Já Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, disse em post em blog que, “se o resultado não será o ‘pior dos mundos’ imaginado anteriormente, tampouco traz uma confiança grande no comprometimento com o ajuste fiscal do país.”

    Lá fora

    Os índices S&P 500 e Dow Jones caíram pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, com os investidores depositando suas esperanças nos resultados da Netflix e outras grandes empresas relacionadas a tecnologia que serão divulgados esta semana, para que ajudem a sustentar um início otimista para a temporada de balanços.

    O índice Dow Jones caiu 0,75%, enquanto o S&P 500 perdeu 0,68%. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,92%.

    As bolsas asiáticas fecharam mistas nesta terça-feira (20), após um dia de perdas na bolsa de Nova York e o banco central chinês manter seus juros principais nos atuais níveis por mais um mês.

    Em Tóquio, o Nikkei teve expressiva queda de 1,97% hoje, a 29.100,38 pontos, em meio a temores de que o Japão seja obrigado a declarar um novo estado de emergência para conter a disseminação da Covid-19.

    Na China continental, o dia foi de leves perdas nos mercados acionários. O Xangai Composto caiu 0,13%, a 3.472,94 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,07%, a 2.272,68 pontos.

    Já em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 0,68% em Seul, a 3.220,70 pontos, o Hang Seng teve modesta alta de 0,10% em Hong Kong, a 29.135,73 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,35% em Taiwan, a 17.323.87 pontos.

    O PBoC, como é conhecido o BC chinês, decidiu nesta terça deixar inalteradas suas taxas de juros de referência para empréstimos de curto e longo prazos pelo 12º mês consecutivo. A chamada LPR de um ano segue em 3,85% e a LPR para empréstimos de cinco anos ou mais longos continua em 4,65%.

    Na segunda-feira, as bolsas de Nova York encerraram o pregão em baixa, num movimento de realização de lucros que veio após uma sequência de recordes na última semana. A temporada de balanços corporativos dos EUA tende a dominar as atenções nos próximos dias, não apenas em Wall Street como nos mercados financeiros globais.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, com perdas em quase todos os setores. O S&P/ASX 200 caiu 0,68% em Sydney, a 7.017,80 pontos. 

    *Com informações de Estadão Conteúdo e Reuters

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