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    Ibovespa fecha com alta de 2,14% na semana com prévia do PIB e cautela global; dólar sobe 1,48% e encosta em R$ 5

    Investidores seguem analisando debate entre democratas e republicanos para elevar o teto da dívida dos EUA e evitar calote histórico

    Da CNN

    O Ibovespa estendeu o clima positivo dos últimos dias e voltou a fechar em alta nesta sexta-feira (19), com investidores repercutindo da alta da prévia do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e as discussões sobre a queda dos juros.

    No ambiente internacional, as atenções seguiram nas negociações entre republicados e democratas para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos e evitar um calote histórico.

    Em paralelo, os mercados também digeriram as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell sobre os próximos passos da política monetária.

    Diante destes cenários, o principal indicador da bolsa brasileira encerrou o dia com alta de 0,58%, aos 110.744 pontos. O desempenho faz o Ibovespa fechar a semana com valorização de 2,14%.

    Pressionado pela tensão do teto da dívida norte-americana, o dólar seguiu a mesma direção e fechou com avanço de 0,53%, negociado a R$ 4,994 na venda. Durante o dia, a moeda chegou a romper a casa dos R$ 5. O resultado faz o dólar encerrar a semana com alta de 1,48%.

    Na pauta doméstica, o IBC-Br, sinalizador do PIB calculado pelo Banco Central, recuou 0,15% em março em relação ao mês anterior, mostrou dado dessazonalizado, menos do que a expectativa de retração de 0,30%.

    Apesar da queda, no acumulado do primeiro trimestre o indicador subiu 2,41%, sinalizando a resiliência da economia brasileira em meio ao aperto dos juros do Banco Central.

    Em relação ao primeiro trimestre de 2022, o IBC-Br mostrou crescimento econômico em 3,87%.

    A pujança da economia doméstica acima do esperado reforça o alerta sobre a inflação, afirmaram analistas ouvidos pela CNN. A despeito do resultado, o mercado prevê uma desaceleração das atividades nos próximos trimestres com maior impacto da política monetária e o aperto do crédito.

    Na agenda política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participaram de um evento nesta tarde e focaram suas falas na atual política de juros.

    Para Haddad, o debate sobre as decisões monetárias não deve ser considerado uma afronta. “As políticas fiscal e monetária são dois braços do mesmo organismo, têm que trabalhar em harmonia”, disse.

    Na arena internacional, o presidente do Federal Reserve disse hoje que ainda não está clara a decisão da política monetária no encontro de junho, apesar de os riscos estarem mais equilibrados.

    Atualmente, a taxa de juros da maior economia do mundo está entre 5% e 5,25% ao ano.

    Enquanto isso, havia expectativas cada vez maiores de um acordo sobre o teto da dívida dos EUA, que pode evitar um calote potencialmente desastroso. Negociadores democratas disseram ao presidente norte-americano, Joe Biden, que estão “avançando de forma constante” no acordo para evitar um calote já em 1º de junho.

    *Publicado por Sofia Kercher e Gabriel Bosa, da CNN. Com informações da Agência Reuters

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