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    Ibovespa não segue mercado externo e fecha em baixa; dólar sobe a R$ 5,51

    Índice da B3 chegou a subir na abertura, mas logo perdeu força e gravitou boa parte da sessão em torno do zero antes de fechar em baixa de 0,2%, aos 113.225,83 pontos

    Aluisio AlvesJosé de Castroda Reuters

    O principal índice de ações brasileiras foi na contramão do otimismo dos mercados internacionais e recuou nesta quinta-feira (14), pressionado principalmente por ações de empresas ligadas ao mercado doméstico.

    O Ibovespa chegou a subir na abertura, mas logo perdeu força e gravitou boa parte da sessão em torno do zero antes de fechar em baixa de 0,2%, aos 113.225,83 pontos.

    O giro financeiro, de R$ 24 bilhões, contrastou com os volumes robustos nas sessões de vencimento de índice, na véspera, e de opções sobre ações, na sexta-feira.

    Os principais índices das bolsas dos Estados Unidos e da Europa fecharam com alta significativa, fortalecidos por balanços de grandes empresas que mostraram resultados trimestrais acima das expectativas.

    O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta quinta-feira, depois de recuar mais cedo em reação a mais uma oferta de liquidez pelo Banco Central, com o mercado ainda avaliando a disposição da autoridade monetária de seguir ativo no mercado de câmbio.

    O dólar à vista subiu 0,14%, encerrando a R$ 5,5158 na venda. A moeda oscilou de R$ 5,4680 (-0,73%) a R$ 5,5315 (+0,43%)

     

    O BC vendeu nesta quinta-feira 20 mil contratos de swap cambial tradicional distribuídos entre os vencimentos de 1º de fevereiro de 2022 e 1º de junho de 2022, o equivalente a US$ 1 bilhão, provendo mais liquidez ao mercado após operação surpresa na véspera que derrubou o dólar de máximas acima de R$ 5,57.

    “Acreditamos que isso deve ajudar o real a operar bem no curto prazo”, disseram estrategistas do Citi em nota, atribuindo a desvalorização recente do real a um cenário global menos benigno para mercados emergentes, riscos fiscais domésticos relacionados a possível extensão do auxílio emergencial para a população e pressões compradoras relacionadas a desmonte de “overhedge” pelos bancos.

    O “overhedge” é uma proteção cambial adicional adotada por bancos que deixou de ser interessante depois de mudanças em regras tributárias. Desfazê-lo implica compra de dólares.

    Às 10:26, o dólar recuava 0,28%, a R$ 5,4924 na venda, e foi a R$ 5,4680 na mínima do dia, queda de 0,73%. O contrato mais líquido de dólar futuro tinha queda de 0,27%, a R$ 5,515.

    Para Mauro Morelli, estrategista-chefe da Davos Investimentos, não é possível atribuir a desvalorização do dólar nesta manhã apenas à intervenção do Banco Central, ressaltando que o efeito do leilão extraordinário deve ter curta duração.

    Ele apontou o ambiente externo mais inclinado à tomada de risco nesta quinta-feira — com as bolsas europeias [.EUPT] e os futuros de Wall Street [.NPT] subindo e o índice do dólar caindo — como suportes para o real.

    O foco dos investidores internacionais continuava na alta dos preços, depois que o Federal Reserve sinalizou na ata de sua última reunião já estar discutindo planos de começar a reduzir estímulos no mês que vem em meio a pressões inflacionárias. Dados desta manhã mostrarem que o índice de preços ao produtor dos EUA subiu 0,5% em setembro, leitura ligeiramente abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,6%.

    Na véspera, a moeda norte-americana à vista caiu 0,55%, a 5,508 reais na venda, depois de chegar a tocar 5,5743 reais no pico da sessão (+0,65%).

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