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    Ibovespa fecha em queda de 0,52% antes de decisão dos juros; dólar sobe a R$ 5,13

    Principal índice da B3 encerrou o dia aos 102.063,25 pontos, enquanto a moeda norte-americana valorizou 0,43%

    João Pedro MalarArtur Nicocelido CNN Brasil Business* , em São Paulo

    O Ibovespa fechou em queda de 0,52%, aos 102.063,25 pontos, nesta terça-feira (14). Essa foi a menor pontuação desde 10 de janeiro, quando bateu 101.945 pontos, por expectativa pela elevação das taxas de juros nos Estados Unidos.

    Neste pregão, o principal índice da B3 operou com volatilidade e alterou entre leves variações positivas e negativas e foi favorecido pelo desempenho positivo de ações da Eletrobras e da Petrobras, que acompanhavam o preço do petróleo, apesar da cautela nos mercados.

    Com a sessão nesta terça-feira, o índice engata uma sequência de oito pregões de baixa – maior série de perdas desde setembro de 2015, quando também registrou oito quedas seguidas.

    O dólar, por sua vez, subiu 0,43%, a R$ 5,134, em uma semana marcada pela aversão a riscos dos investidores enquanto aguardam as decisões de juros do Brasil e dos Estados Unidos na próxima quarta-feira (15) em suas reuniões de política monetária.

    Na segunda-feira (13), o dólar teve alta de 2,46%, a R$ 5,112. Já o Ibovespa caiu 2,73%, aos 102.598,18 pontos, na maior queda percentual desde 5 de maio.

    Petróleo

    O petróleo Brent fechou a US$ 121,17, com queda de 0,9%. Enquanto o WTI caiu US$ 4 o barril no pós-fechamento. As restrições na China foram os motivos que impactaram a demanda da commodity e, consequentemente, seu preço.

    Na véspera, os preços do petróleo subiram em uma sessão marcada por volatilidade, já que a oferta global apertada superou as preocupações de que a demanda seria pressionada por um surto de casos de Covid-19 em Pequim e mais aumentos nas taxas de juros.

    Taxa de juros

    A expectativa é que o Federal Reserve e o Banco Central elevem suas taxas de juros em 0,5 ponto percentual, mesmo com os dois países em momentos diferentes dos seus ciclos monetários.

    Assim, a atenção dos investidores estará nas sinalizações após as reuniões. No caso brasileiro, se o ciclo terminará em 13,25% ao ano, e, no norte-americano, se o ciclo sofrerá uma pausa em setembro ou continuará e se o Fed mudará a posição contrária a uma alta de 0,75 ponto percentual nos juros.

    Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados de títulos e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

    Vale destacar que na quinta-feira (16) não haverá operações no Brasil por conta do feriado de corpus christi. Dessa forma, especialistas entrevistados pelo CNN Brasil Business afirmaram que os juros serão precificados no mercado na sexta-feira (17).

    Sentimento global

    No fim de maio e começo de junho, a visão de que a autarquia não seria tão agressiva no ciclo e o fim de lockdowns em cidades importantes da China aliviaram temores e ajudaram o Ibovespa e o dólar a se recuperar.

    Nas últimas semanas, porém, o cenário mudou. A inflação de maio do Estados Unidos sinalizou um quadro mais negativo, reforçando apostas de juros terminais maiores. O Banco Central Europeu (BCE) sinalizou altas de juros a partir de julho, enquanto a China enfrenta um novo aumento de casos de Covid-19 com temores de novas restrições e o risco fiscal no Brasil voltou a ganhar força.

    Com isso, a combinação de um cenário doméstico debilitado e a perspectiva no exterior de fortes apertos monetários voltaram a prejudicar o mercado brasileiro.

    Sobe e desce da B3

    Vejam quais foram as ações mais negociadas no pregão desta terça-feira:

    Maiores altas

    • Eletrobras (ELET3) +3,37%;
    • CPFL (CPFE3) +3,15%;
    • Eletrobras (ELET6) +2,36%;
    • WEG (WEFE3) +1,81%;
    • Hapvida (HAPV3) +1,24%

    Maiores baixas

    • Via (VIIA3) -9,41%;
    • CVC (CVCB3) -6,82%;
    • Positivo (POSI3) -5,94%;
    • CSN (CMIN3) -5,72%;
    • Meliuz (CASH3) -5,15%

    *Com informações da Reuters

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