Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Dólar tem maior queda semanal em 3 meses; Ibovespa recua

    Internamente o mercado segue preoucupado com a situação fiscal do país, além da pandemia do novo coronavírus

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo*

    O dólar à vista subiu 0,33% nesta sexta (12), para R$ 5,5594 na venda, após oscilar entre R$ 5,5872 (+0,83%) e R$ 5,5455 (+0,08%).

    Foi um dia de força da moeda norte-americana no exterior e o fim de uma semana de fortes oscilações no câmbio, marcada por noticiário fiscal, político e ativa presença do Banco Central no mercado.

    Após intenso vaivém, o dólar acumulou na semana a maior queda (2,19%) em mais de três meses. No pico dos últimos dias, alcançado na terça-feira, a divisa chegou a quase R$ 5,90.

    Na B3, o dia e a semana tiveram sinais negativos. O índice Ibovespa recuou 0,72%, para 114.160 pontos nesta sexta. Na semana, a queda foi de 0.9%.

    A semana teve a retomada dos direitos políticos do ex-presidente Lula, aprovação da PEC Emergencial no Congresso e aumento nos casos de morte por Covid-19 no país. 

    Notas de dólar e real
    Foto: Ricardo Moraes/Reuters

    Um aumento consistente nos rendimentos dos títulos dos EUA elevou temores de uma redução repentina do estímulo monetário, pressionando os principais índices de ações dos EUA nas últimas semanas.

    Nesta sexta, o yield do Treasury de dez anos bateu 1,639%, um salto de 11,2 pontos-base ante a véspera e alcançando uma máxima desde 7 de fevereiro do ano passado (1,649%).

    “Os riscos de uma aceleração da inflação aumentaram significativamente devido a um salto na oferta de dinheiro por meio de estímulos e da demanda antecipada que podemos ver à medida que a economia se desbloqueia lentamente”, disse Jonathan Bell, diretor de investimentos da Stanhope Capital, em Londres.

    Internamente o mercado segue preoucupado com a situação fiscal do país, além da pandemia do novo coronavírus, que avança cada vez mais no país.

    Lá fora

    Wall Street teve sua melhor semana em seis, após um dos maiores pacotes de estímulo fiscal dos EUA ser sancionado e dados reforçarem visões de que a economia ruma para a recuperação.

    O Dow Jones subiu 0,9%, para 32.778 pontos, enquanto o S&P 500 ganhou 0,12%, aos 3.943 pontos. 

    O Nasdaq, com forte peso de papéis de tecnologia, caiu 0,59%, para 13.319 pontos, depois de saltar 6% nas últimas três sessões. 

    As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira (12), após o presidente dos EUA, Joe Biden, assinar ontem um histórico pacote de incentivos fiscais, ajudando a impulsionar Wall Street a novos recordes, e o Banco Central Europeu (BCE) mostrar disposição de agir para garantir condições financeiras favoráveis.

    O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,73% em Tóquio hoje, a 29.717,83 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,35% em Seul, a 3.054,39 pontos, e o Taiex se valorizou 0,47% em Taiwan, a 16.255,18 pontos.

    Na China continental, o Xangai Composto teve alta de 0,47%, a 3.453,08 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto garantiu modesto ganho de 0,17%, a 2.220,26 pontos.

    A exceção na Ásia foi o Hang Seng, que teve expressiva queda de 2,20% em Hong Kong, a 28.739,72 pontos, em parte influenciado pelas ações da Tencent (-4,41%) e da Meituan (-3,37%). O regulador de mercados da China multou essas e outras dez empresas de internet por violação de leis antitruste.

    Na quinta-feira, Biden assinou o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão aprovado no Congresso americano nesta semana, o que ajudou as bolsas de Nova York a fechar em alta generalizada, com novos recordes do Dow Jones e do S&P 500.

    Já o BCE manteve sua política monetária inalterada ontem, como se previa, mas prometeu acelerar compras de bônus para evitar uma deterioração das condições financeiras, após os juros dos Treasuries e de bônus europeus avançarem nas últimas semanas, gerando temores de pressões inflacionárias e de possível reversão de medidas de estímulo tomadas em reação à pandemia de covid-19.

    Na Oceania, a bolsa australiana seguiu a maioria das asiáticas, e o S&P/ASX 200 avançou 0,79% em Sydney, a 6.766,80 pontos. 

    *Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo

    Tópicos