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    Bolsa fecha acima dos 117 mil pontos e dólar cai com eleições no Congresso

    Mercado se anima com projeções que indicam vitória de candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro na Câmara e no Senado

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, , do CNN Brasil Business, em São Paulo

    O Ibovespa fechou em forte alta nesta segunda-feira à medida que as projeções das eleições para presidência da Câmara e do Senado indicam vitórias de candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro. Com isso, a bolsa subiu 2,13%, para 117.517 pontos. 

    O dólar fechou em queda ante o real nesta segunda-feira, com o foco do mercado voltado para as perspectivas sobre reformas econômicas após as eleições para os comandos da Câmara e Senado.

    O dólar à vista caiu 0,55%, a R$ 5,4486 na venda. A moeda variou entre R$ 5,487 (+0,15%) e R$ 5,422 (-1,03%).

    Internamente, o mercado observa de perto o desenvolvimento da greve dos caminhoneiros e aguarda o desfecho das eleições legislativas. Isso porque, até o fim da noite, o país deve ter novos presidentes para Câmara dos Deputados e para o Senado Federal.

    As ações da Eneva (ENEV3) dispararam 13,51% e lideraram as altas da bolsa nesta segunda. A empresa venceu a disputa contra a 3R Petroleum (RRRP3) pelo polo de Urucu, que pode produzir 17 mil barris de petróleo por dia, e 5,5 milhões a 6 milhões de metros cúbicos de gás. A informação foi publicada pelo Brazil Journal. 

    As ações da Eletrobras (ELET3 e ELET6) subiram pelo menos 7,4% depois que o conselho de administração da estatal aprovou o pagamento de dividendos intermediários no valor de R$ 2,29 bilhões. 

    As ações de varejistas lideraram as quedas, com Via Varejo (VVAR3) caindo 2,11%, Magazine Luiza (MGLU3) com queda de 1,35% e Lojas Americnas (LAME4) com desvalorização de 0,96%. 

    Os papéis da Unidas (LCAM3) caíram 0,61% depois que  Jayme Nicolato Correa renunciou ao cargo de integrante do conselho de administração. Ainda há a preocupação que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não aprove a fusão da empresa com a Localiza (RENT3). 

     

    Globalmente, investidores repercutem o avanço da prata, mais uma vez provocado pelo pequeno investidor de pessoa física, e o reforço de vacinas da AstraZeneca para a União Europeia, que tem visto um aumento expressivo nos casos de Covid-19.

    Lá fora

    Os mercados acionários norte-americanos encerraram em forte alta nesta segunda-feira, puxados por ganhos em ações de tecnologia, após a forte liquidação do mercado na semana passada, enquanto os papéis de mineração subiram diante do frenesi de investidores de varejo se voltando para a prata.

    O Dow Jones encerrou em alta de 0,76%, aos 30.211 pontos, o S&P 500 valorizou-se 1,61%, aos 3.773 pontos, e o Nasdaq aumentou 2,55%, aos 13.403 pontos.

    Por lá, as atenções se voltaram às discussões sobre uma nova rodada de estímulos fiscais. Senadores republicanos propuseram nesta segunda-feira uma legislação de alívio no valor de US$ 618 bilhões e garantiram “boa fé” nas negociações.

    As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, recuperando parte das fortes perdas da semana passada, em meio a garantias sobre o fornecimento de vacinas para a covid-19 e avanços nas negociações pelo pacote fiscal nos Estados Unidos. As ações de mineradoras impulsionaram os principais mercados da região, após investidores varejistas voltarem o foco de movimentos especulativos à prata.

    O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o pregão com ganho de 1,24%, a 400,77 pontos.

    As bolsas asiáticas fecharam em alta, buscando se recuperar de perdas da semana passada, à medida que investidores de varejo impulsionaram os preços da prata e após a AstraZeneca concordar em ampliar o fornecimento de sua vacina contra a Covid-19 para a União Europeia (UE) em meio a preocupações com a disseminação da doença e o surgimento de novas variantes do coronavírus.

    O índice acionário japonês Nikkei subiu 1,55% em Tóquio hoje, a 28.091,05 pontos, favorecido por ações de empresas que divulgaram balanços positivos, e o sul-coreano Kospi avançou 2,70% em Seul, a 3.056,53 pontos, ajudado por dados fortes de exportação, enquanto o Hang Seng se valorizou 2,15% em Hong Kong, a 28.892,86 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,80% em Taiwan, a 15.410,09 pontos.

    Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,64%, a 3.505,28 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 1,17%, a 2.362,39 pontos.

    A melhora de humor veio à medida que os preços da prata saltaram mais de 10% nesta madrugada em meio ao interesse de investidores de varejo. Na semana passada, esses operadores causaram forte volatilidade em Wall Street ao especularem com ações de empresas como GameStop e American Airlines.

    Além disso, a AstraZeneca concordou em ampliar seu fornecimento de doses de sua vacina contra a Covid-19 em 9 milhões de doses, para um total de 40 milhões de doses, no primeiro trimestre deste ano, segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Relatos de que a farmacêutica não conseguiria cumprir metas de fornecimento da vacina pressionaram os mercados globais nas últimas semanas.

    Com o apetite por risco na Ásia, ficou em segundo plano o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China, que caiu de 53 em dezembro para 51,1 em janeiro, atingindo o menor nível em sete meses, embora permaneça acima da marca de 50 que indica expansão, de acordo com pesquisa divulgada pela IHS Markit e a Caixin Media.

    Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom positivo das asiáticas, e o S&P/ASX 200 avançou 0,84% em Sydney, a 6.663,00 pontos.

    (Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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