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    Ibovespa fecha em queda de 0,87% após semana positiva; dólar sobe a R$ 5,21

    Semana deve ser de negociações reduzidas, com investidores saindo para recesso de fim de ano; na Europa e nos Estados Unidos, bolsas não abriram nesta segunda-feira

    Do CNN Brasil Business

    O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira (26), corrigindo possíveis exageros da última semana, em dia de giro financeiro reduzido sem o referencial dos principais mercados no exterior, principalmente as bolsas dos Estados Unidos.

    Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,87%, a 108.737,75 pontos, após ter subido 6,65% na semana passada. Já o dólar encerrou esta segunda-feira em alta de 0,87%, cotado a R$ 5,21.

    A sessão de hoje foi marcada por um volume menor de negociações devido ao feriado prolongado de Natal no exterior, que fechou os mercados dos Estados Unidos e Europa, e com atenções voltadas à esperada divulgação dos últimos anúncios do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre sua equipe ministerial.

    Incertezas relacionadas ao cenário político, particularmente as diretrizes fiscal e monetária do próximo governo, seguiram influenciando os negócios. Uma das preocupações é sobre os próximos nomes da equipe de Lula.

    Em Brasília, a previsão é de que Lula anuncie nesta semana outros integrantes de sua equipe ministerial, que já tem 21 ministros confirmados de um total de 37 pastas previstas.

    A equipe da Guide Investimentos citou que o mercado também aguarda os anúncios para o comando de estatais federais.

    Em relação ao exterior, Tiago Cunha, gestor de ações da Ace Capital, destacou que o afrouxamento da política de Covid zero na China reforçou expectativas de retomada da economia chinesa, o que fez ações de commodities apresentarem melhor desempenho.

    A China anunciou nesta segunda-feira que deixará de exigir quarentena para viajantes que chegarem ao país a partir de 8 de janeiro, diminuindo restrições em suas fronteiras, praticamente fechadas desde 2020.

    “A expectativa é pela volta dos mercados de referência a partir de terça-feira, que podem chancelar ou reverter os movimentos recentes, muito influenciados pelo humor local”, afirmou o gestor da Ace.

    As bolsas nos Estados Unidos e na Europa ficaram fechadas nesta segunda-feira em razão do feriado estendido do Natal. Na Ásia, os pregões chineses fecharam no azul.

    Cenário doméstico

    Durante o anúncio dos novos ministros, Lula falou que todo mundo vai ter que apertar os cintos e que o aumento de ministérios não significa mais gastos, o que agradou os mercados.

    Nesta semana, as atenções se voltam à definição do nome que vai ficar à frente do Ministério do Planejamento. André Lara Resende, um dos pais do Plano Real, teria sido convidado na semana passada e declinado. Agora, Simone Tebet aparece como principal cotada, mas resiste à indicação, segundo apuração de Gustavo Uribe, analista de política da CNN. Diante disso, Lula vai tentar convencer Tebet a ficar com a pasta.

    O mercado gosta do nome de Tebet, mas a avaliação geral é de que, com Hadadd na Fazenda e nomes mais políticos do que técnicos no resto da equipe, quem quer que fique no Planejamento deve ter dificuldade de levar a gestão da economia mais para o centro.

    A expectativa para a semana também é a definição da presidência da Petrobras, que deve ficar com Jean Paul Prates, o que já foi antecipado pelo mercado e, portanto, não deve impactar tanto nos preços.

    Entre os destaques do dia, está o Boletim Focus, em que o mercado financeiro reduziu suas previsões para inflação deste ano, mas elevou as de 2023, 2024 e 2025.

    Segundo o relatório, o IPCA esperado para 2022, agora, é de 5,64%, ante 5,76% na semana anterior. Para o próximo ano, a previsão para índice ficou em 5,23%, ante 5,17% na semana anterior.

    *Publicado por Ligia Tuon, com informações de Priscila Yazbek e da Reuters.

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