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    Ibovespa encerra janeiro em alta de 3,6%; dólar desvaloriza 3,82%

    Nesta terça-feira, moeda norte-americana teve recuo, e terminou cotada a R$ 5,08, enquanto índice da B3 avançou 1% em véspera de decisões de juros no Brasil e nos EUA

    Da CNN*

    O Ibovespa terminou esta terça-feira (31) em alta de 1,03%, aos 113.430,54 pontos, apesar do clima de cautela entre investidores à espera das reuniões dos Comitês de Política Monetária dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, que começam hoje.

    No balanço do mês, o principal índice da B3 registra alta de 3,6%, desempenho positivo apoiado principalmente pelo fluxo de capital externo para a bolsa paulista, e após duas perdas mensais seguidas.

    Já o dólar fechou em queda de 0,75% nesta terça-feira, cotado a R$ 5,076, diante do enfraquecimento da moeda norte-americana no exterior, após dados nos Estados Unidos reforçarem sinais de arrefecimento da inflação, e com recepção positiva no mercado a declarações de autoridades do Ministério da Fazenda.

    No mês, a moeda norte-americana acumula desvalorização de 3,82%.

    Dados da B3 mostram a entrada líquida de R$ 9,9 bilhões em 2023 até o dia 26, movimento que tem sido apontado por operadores e analistas como principal suporte para a bolsa paulista neste começo de ano.

    Analistas do Itaú BBA, com base em análise técnica, ressaltaram o fato de o Ibovespa não ter perdido a região dos 111.300 pontos, o que abriria caminho para o índice devolver parte das altas, encontrando suportes em 108.700 e 106.700 pontos, segundo relatório a clientes.

    “Importante ressaltar que a perda dessa região colocaria o índice em tendência de baixa novamente”, afirmaram, acrescentando que, do lado da alta, a expectativa da primeira tendência positiva em 2023 está na mesa. Mas, segundo eles, para isso o Ibovespa precisa superar os 114.900 pontos.

    Em Wall Street, os futuros acionários apontavam uma abertura negativa em Nova York nesta sessão, em meio a balanços e previsões decepcionantes de grandes empresas, incluindo Caterpillar, McDonald’s e Pfizer, antes da decisão de juros do Federal Reserve.

    No radar

    Hoje começam as reuniões dos Comitês de Política Monetária dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, mantendo um clima de cautela nos mercados.

    No Brasil, teremos o resultado do Caged, com criação de vagas com carteira assinada no mês de dezembro. A expectativa é de fechamento de vagas no mês passado.

    O petróleo segue em queda pelo segundo dia seguido, em reação à escalada de juros nos EUA e na Europa, e também à espera da reunião da Opep, cartel dos maiores produtores da commodity, que acontece amanhã.

    Não há expectativas para mudança no volume de produção, mas o encontro acaba alimentando essa posição de cautela dos investidores.

    O minério de ferro também opera em queda na Ásia, com percepção de correção de preços, já que houve alta muito forte nas últimas semanas.

    No Brasil, o mercado acompanhou de perto o café da manhã entre representantes da equipe econômica e do setor bancário, na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.

    Quatro ministros estiveram presentes: Fernando Haddad, da Fazenda, Simone Tebet, do planejamento, Esther Dweck, da Gestão, Carlos Fávaro, da Agricultura, e Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

    Não é segredo que há uma divergência entre eles e o setor financeiro, o que acaba reforçando a importância simbólica desse gesto, num ambiente que é alvo de críticas ferrenhas do Partido dos Trabalhadores.

    O clima dos dois lados, segundo apuração da analista de economia da CNN Thais Herédia, foi de diálogo e aproximação.

    Em Brasília, continua a negociação para garantir votos para eleger Rodrigo Pacheco no Senado Federal. Na Câmara dos Deputados, é praticamente certa a aprovação de Artur Lira para o segundo mandato.

    O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates já definiu pelo menos três nomes que vai apresentar para o conselho de administração da estatal.

    Segundo apuração do repórter da CNN Pedro Duran, os nomes são Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, Suzana Khan, professora da UFRJ, executiva do projeto fundo verde, e Eduardo Moreira, ex-banqueiro e hoje conhecido como influencer financeiro nas redes sociais.

    O governo tem 6 cadeiras no conselho. Outros dois nomes, além desses 3, estão sendo escolhidos por head hunters. Como manda a regra de governança da Petrobras, o sexto nome é do próprio Jean Paul Prates.

    *Com informações de Reuters e Thais Herédia

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