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    Juros em alta e commodities em queda devem desacelerar PIB da AL, diz FMI

    Fundo avalia que ritmo de criação de empregos e gastos com consumo em bens e serviços já começaram a enfraquecer na região

    André Marinho, do Estadão Conteúdo

    O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera um “ano desafiador” para a economia da América Latina em 2023.

    A combinação de juros em alta com preços de commodities em baixa deve desacelerar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da região a 2% em 2023, de acordo com artigo assinado por dirigentes da instituição.

    Em 2022, a atividade nesses países resistiu bem aos choques da guerra na Ucrânia e do aperto monetário global, com expansão econômica de quase 4%, segundo o FMI.

    No entanto, o Fundo avalia que o ritmo de criação de empregos e os gastos com consumo em bens e serviços já começaram a enfraquecer.

    “O crescimento também será prejudicado por uma desaceleração dos parceiros comerciais, particularmente os Estados Unidos e a zona euro”, projeta o FMI, que enxerga ainda impacto das condições financeiras mais apertadas.

    O Fundo alerta que o cenário pode intensificar as tensões sociais na América Latina, À medida que a população enfrenta uma piora nos padrões de vida. “O crescente descontentamento social e a diminuição da confiança nas instituições públicas têm sido uma tendência importante na região há algum tempo”, ressalta.

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