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    Fed mantém juros dos EUA, mas está se preparando para elevação “em breve”

    Presidente da autarquia afirmou que economia norte-americana não precisa mais dos níveis atuais de apoio via política monetária

    Da CNN

    O Federal Reserve está se preparando para aumentar as taxas de juros, de acordo com a atualização de política monetária divulgada após a reunião desta quarta-feira (26). A autarquia manteve as taxas no intervalo de 0% a 0,25% por enquanto.

    “Com a inflação bem acima de 2% e um mercado de trabalho forte, o Comitê espera que em breve seja apropriado aumentar a faixa da meta para a taxa de fundos federais”, disse o comunicado do Fed.

    Na coletiva de imprensa após a reunião Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que a primeira alta de juros deve ocorrer na reunião do mês de março, caso as condições sejam apropriadas.

    Ainda no documento, o Fed afirmou que espera reduzir a sua carteira de ativos com o tempo de uma “maneira previsível, primariamente ao ajustar quantias de principal reinvestido”.

    “O Comitê está preparado para ajustar qualquer um dos detalhes de sua abordagem para reduzir o tamanho do balanço à luz dos desenvolvimentos econômicos e financeiros”, diz o comunicado.

    Após o fim de seu programa de estímulo e a elevação das taxas de juros, a redução de seu enorme balanço patrimonial é o próximo item da lista de tarefas do Fed. O banco central afirmou que só espera começar a focar na redução do balanço após o início das altas de juros.

    Ao longo do tempo, o balanço patrimonial de quase US$ 9 trilhões do Fed não apenas seria reduzido, mas deve se afastar dos títulos lastreados em hipotecas e focaria os Treasuries, “minimizando assim o efeito das participações do Federal Reserve na alocação de crédito entre setores da economia”.

    O Fed citou recentes e “sólidos” ganhos no mercado de trabalho que continuaram mesmo quando o surto da variante Ômicron do coronavírus levou os números diários de casos a níveis recordes, e disse que segue esperando que melhorias nas cadeias de suprimentos globais amenizem a inflação.

    Durante a coletiva de imprensa, Powell afirmou que a nova variante do coronavírus paralisou a economia nas últimas semanas.

    Entretanto, ele disse que, se a variante passar rapidamente, as implicações econômicas devem ser pequenas, mas que “não é possível prever com muita confiança a trajetória da política monetária”.

    Powell afirmou que a economia não precisa mais de níveis altos de apoio pela política monetária considerando os níveis de emprego e inflação, com a avaliação de que os Estados Unidos atingiram o chamado “pleno emprego”, e que o Fed está observando “cuidadosamente” para ver ser a economia está evoluindo como o esperado.

    O presidente da autarquia disse que a inflação estava mais disseminada pela economia, com problemas de oferta mais persistentes que o previsto, mas que ela deve cair nos Estados Unidos até o fim de 2022.

    Nesse sentido, ele afirmou que o cenário econômico “segue altamente incerto, e requer humildade”, e que o Fed continuará atento a possíveis riscos para a economia.

    O banco central cortou as taxas para quase zero em março de 2020, quando a pandemia colocou a economia dos EUA em um crise.

    No mês passado, o Fed sinalizou que aumentaria as taxas de juros várias vezes ao longo de 2022. Os investidores esperam que o primeiro aumento da taxa ocorra na próxima reunião do Fed em março.

    As expectativas do mercado para um aumento da taxa em março estavam em quase 90% na tarde de quarta-feira, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.

    Em novembro, o Fed também anunciou o fim do estímulo da era da pandemia e acelerou a reversão de suas compras de ativos no mês seguinte.

    O banco continuará reduzindo sua onda mensal de compras de ativos e a encerrará no início de março, segundo a ata.

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