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    EUA devem atingir teto da dívida em 15 de dezembro, prevê secretária do Tesouro

    Caso a previsão de Janet Yellen se confirme, o governo ficaria sem dinheiro para arcar com seus gastos

    Paul LeBlancBrian Rokusda CNN*

    A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, estima agora que o governo ficará sem dinheiro em 15 de dezembro, uma extensão do prazo anterior, 3 de dezembro.

    “Existem cenários em que o Tesouro ficaria com recursos restantes insuficientes para continuar a financiar as operações do governo dos Estados Unidos após esta data”, disse Yellen sobre o novo prazo em uma carta à presidente da Câmara, Nancy Pelosi, na terça-feira (16).

    Embora o prazo estendido dê aos legisladores algum tempo adicional para tratar da elevação do teto da dívida, ainda não está claro como os democratas procederão depois que os líderes republicanos, incluindo o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, afirmaram repetidamente que não ajudarão na legislação para aumentar o limite.

    Os republicanos insistem que os democratas devem agir sozinhos para resolver o limite da dívida por meio de um processo conhecido como reconciliação do orçamento, que não exigiria o apoio do Partido Republicano para aprovação. Os democratas, no entanto, argumentaram que a questão é uma responsabilidade bipartidária.

    Embora os líderes democratas tenham rejeitado publicamente a possibilidade de usar a reconciliação – argumentando que o processo é muito longo e pesado e que o risco de erro de cálculo seria muito alto -, ela pode ser a única maneira de resolver o problema sem alterar a necessidade do projeto ser aprovado por 60 senadores (atualmente, os democratas somam 50), a que o senador democrata Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, se opôs repetidamente.

    O prazo final de dezembro vem depois que o Congresso aprovou uma prorrogação do limite da dívida do país em outubro, após advertências de Yellen sobre as consequências econômicas que se seguiriam se a questão não fosse tratada.

    Após esse acordo, McConnell enviou uma carta ao presidente Joe Biden alertando: “Não irei fornecer essa assistência novamente se o seu governo totalmente democrata entrar em outra crise evitável”.

    Ele também disse ao presidente que seus “tenentes no Capitólio agora têm o tempo que eles alegaram que não tinham para lidar com o teto da dívida por meio de uma reconciliação e todas as ferramentas para fazê-lo”.

    Yellen disse em sua carta que “como o fluxo de caixa do governo federal está sujeito a uma variabilidade inevitável, continuarei atualizando o Congresso à medida que mais informações estiverem disponíveis”.

    “Para garantir a fé e o crédito total dos Estados Unidos, é fundamental que o Congresso aumente ou suspenda o limite da dívida o mais rápido possível”, disse ela.

    *(Texto traduzido. Clique aqui para ler o original, em inglês)

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