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    Empresas atingem menor nível de recuperação de dívidas em um ano, diz Serasa

    Levantamento aponta que apenas 40,2% dos débitos foram quitados em novembro de 2021

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business , em São Paulo

    As empresas brasileiras tiveram o menor nível de recuperação de dívidas em um ano no mês de novembro de 2021, segundo dados do Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian obtidos com exclusividade pelo CNN Brasil Business.

    Em novembro, 40,2% das dívidas foram quitadas em até 60 dias após a negativação, equivalente a 756.034 débitos de um total de 1.880.682. O valor é mais baixo desde novembro de 2020, quando foi de 43,3%.

    No período de um ano, a maior taxa de recuperação de dívidas pelas empresas foi registrada em janeiro de 2021, de 51,2%. A taxa vinha caindo desde o mês de agosto.

    Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, afirma que o resultado está ligado ao cenário econômico instável no Brasil, que tem gerado desafios para os empreendedores.

    “Os donos de negócios mantinham uma expectativa de melhora econômica, por isso, as dívidas contraídas em novembro podem ter sido feitas para suprir o aumento das vendas, que era esperado para o final de ano e início de 2022. No entanto, vemos que essa melhora não aconteceu”, diz.

    Segundo ele, “o cenário de inflação, a alta taxa de juros e, sendo assim, o baixo poder de compra do consumidor, foram fatores que reduziram o fluxo de caixa das empresas, inviabilizando ainda mais a quitação de dívidas atrasadas”.

    A pesquisa também mostra o grau de recuperação de crédito das empresas por setor da economia. O que teve o melhor desempenho foi o de securitizadoras, com 46,1%, seguido das empresas de varejo, com 45,3% e das financeiras, com 44,1%.

    Já o pior desempenho foi o do setor de telefonia, com apenas 9,4% das dívidas quitadas, seguido pelo setor de serviços, com 30,7%, e de bancos e cartões, com 38,1%.

    Considerando a divisão regional, o melhor desempenho na recuperação de crédito em novembro foi na região Nordeste, com 47,1%, seguida pela Sul (47%), Norte (44,3%), Centro-Oeste (38,3%) e Sudeste (34,5%).

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