Dia dos Pais: comércio espera movimentar R$ 7,7 bi em vendas, diz CNC
Avanço é de 4,7% na comparação anual, com menores preços no mercado; roupas lideram lista de presentes
O setor do comércio espera movimentar R$ 7,7 bilhões em vendas no Dia dos Pais deste ano, segundo projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Para a associação, a data representa o quarto dia comemorativo mais importante na movimentação financeira.
O valor seria 4,7% maior que a movimentação do mesmo período em 2023, à medida que existe uma menor variação de preços.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, foi de 0,21% em junho, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – o que reflete uma desaceleração da variação de preços, já que em maio o índice registrou 0,46%.
O mesmo é visualizado na contagem anual. Enquanto a inflação desacelerou para 5,3% no acumulado de 2023, para este ano a confederação estima que ela tenha variação de 2,9%.
E são as roupas e perfumes que lideram a lista de presentes. O setor de vestuário deve faturar R$ 3,07 bilhões com a data, seguido de produtos de perfumaria e cosméticos, com R$ 1,51 bilhão e R$ 1,19 bilhão em eletrodomésticos.
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, diz que “com a taxa de desemprego no menor patamar dos últimos 10 anos e sinais positivos para o consumo, esperamos que as vendas para esta data comemorativa aumentem significativamente”.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad contínua), do IBGE, a taxa de desocupação está 7,1% da força de trabalho, o menor patamar para esse período desde 2014.
Com isso, o Dia dos Pais também promete aumentar o número das contratações de trabalhadores temporários neste ano, com 10,47 mil vaga no varejo para atender à demanda sazonal.
Conforme a CNC, esse seria o maior contingente de trabalhadores temporários contratados dos últimos 10 anos.
São Paulo é a região que mais deve se beneficiar com o Dia dos Pais, movimentando R$ 2,321 bilhões. Já Minas Gerais e Rio de Janeiro somados tendem a responder por quase metade das vendas.
*Sob supervisão de Guilherme Niero