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    Déficit zero é importante para sustentar queda de juros, diz Alckmin

    Ministro do Mdic e vice-presidente, Alckmin mencionou necessidade de rever desoneração para plano fiscal

    Da CNN*

    O vice-presidente, Geraldo Alckmin, destacou em entrevista nesta quarta-feira (7) a relevância da busca pelo déficit zero para a queda dos juros no país. A taxa Selic, em ciclo de corte, está no patamar de 11,25% ao ano.

    “Nós precisamos baixar os juros. Está caindo; a cada reunião do Copom está caindo 0,5 ponto. E a questão do déficit zero é importante para cair os juros”, disse ele, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

    O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) indica a relevância do cenário fiscal do país para suas decisões quanto aos juros desde o início do governo Lula, quando a taxa esteve estacionada em 13,75% ao ano.

    Na época, o colegiado salientava em suas atas e comunicados que mecanismos como o arcabouço fiscal — bem como o cumprimento das diretrizes por ele estabelecidos — poderiam fortalecer a sustentação do cenário inflacionário.

    O governo Lula promete equilíbrio entre despesas e receitas primárias neste ano. Para realizar este ajuste, negocia com o Congresso a aprovação de medidas com potencial de elevar a arrecadação. Parte delas, como taxações de super-ricos, foram tramitadas já em 2023.

    Uma das medidas que ainda tramita é a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores e pequenos municípios — que tiveram benefício tributário estendido por projeto de lei aprovado no Congresso no ano passado.

    “Nessa proposta havia 17 setores e incluíram municípios, então dobrou o custo, que era de R$ 9 bilhões, para R$ 18 bilhões. Também há preocupação com a Constitucionalidade. Quando eu digo que vou abrir mão de bilhões, preciso dizer o que eu cortar ou o que eu vou aumentar de imposto para compensar”, disse, em menção à regra da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”.

    Em sua fala, o ministro do Mdic afirmou que a responsabilidade fiscal e a queda dos juros estão ao lado dos efeitos da reforma tributária em uma equação que levará o país a números mais expressivos quanto à atividade econômica.

    “Eu acredito no diálogo, acho que passado o Carnaval, retomam-se as negociações e vamos buscar uma boa solução para que a economia possa crescer forte como cresceu ano passado, praticamente 3% do PIB e de maneira sustentável”, completou.

    *Publicado por Danilo Moliterno.

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