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    De olho no CPF: por que seu score no Serasa pode ter diminuído

    Consumidores estão relatando oscilações em suas notas de crédito. Em um dos casos relatados ao CNN Brasil Business, a queda foi de 257 pontos em nove meses

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Nesta quarta-feira (11), usuários do Twitter relataram estarem vendo sua pontuação no Score do Serasa — numeração que leva em conta o histórico do indivíduo como pagador – cair sem motivos. As quedas relatadas na rede social são significativas: alguns usuários comentam sobre baixas que vão de 111 a mais de 500 pontos. 

    Em um dos casos relatados ao CNN Brasil Business, a queda foi de 34,92%, ou de 257 pontos de dezembro do ano passado até o momento. Uma estudante de engenharia, que prefere não se identificar, afirmou que não fez nenhuma compra ou dívida que justificasse a queda. “Não tenho nenhuma dívida, não mudei meus hábitos de pagamento e não consigo pensar em nenhuma outra ação que justifique essa movimentação”, diz. 

    O que mudou?

    Em junho deste ano, o Serasa alterou a forma de avaliação de crédito dos brasileiros, indo do Serasa Score 1.0 para o Serasa Score 2.0. Segundo a marca, este foi “reformulado para acompanhar o atual momento financeiro do país”.

    O peso dos itens considerados para a avaliação de crédito foram alterados com o novo modelo. A empresa ainda explica que dívidas em atraso, por exemplo, reduzem a pontuação, mas um bom histórico de pagamentos de crédito aumenta o Serasa Score 2.0.

    Com isso, o peso do pagamento de crédito para a formação da nota saltou de 13,9%, no modelo anterior, para 43,6%. No Serasa Score 2.0, o tempo de uso de crédito passou a compor 10,1% da pontuação, ante 8,4% anteriormente. Já o montante do crédito contratado, subiu de 3,6% para 7,9%. O total de pontos não mudou, continuando a ir de 0 a 1000. 

    Desde que a alteração foi feita, a médica veterinária Bruna Manfrin, de 24 anos, tem observado oscilações em seu score. De maio para julho, a pontuação de crédito dela caiu 168 pontos.

    “Tenho costume de sempre acompanhar meu score, um dia eu percebi que tinha caído muito, apesar de eu pagar as minhas contas assim que as faturas chegam”, conta. “Depois disso, comecei a verificar com uma frequência maior e percebi que estava oscilando bastante. Mesmo pesquisando sobre as mudanças do Score 2.0, não entendi muito bem como a pontuação é realizada agora”, diz.

    O Serasa explica, em comunicado enviado ao CNN Brasil Business, que o Score 2.0 “é dinâmico e muda conforme a evolução do comportamento financeiro do consumidor” e que “nenhuma variação anormal foi encontrada nesta quarta”. “Mas com a mudança na metodologia, oscilações podem acontecer na pontuação do Score (tanto para cima quanto para baixo), que segue dinâmico”, afirma a empresa. 

    Em alguns casos, no entanto, o que pode ter acontecido é bastante simples, segundo o site do Serasa: o CPF do usuário pode ter sido pouco (ou muito) pesquisado, o que indica pouca movimentação financeira, gerando menos informações para o cálculo do score, ou uma alta busca de crédito em um curto período de tempo por parte do consumidor. É oito ou 80. 

     

    Como saber se seu nome está sujo

    Para realizar a consulta do seu CPF direto no Serasa, basta usar o aplicativo ou o site da empresa, clicar na aba “consultar dívidas” e fazer um cadastro com dados como e-mail, CPF, data de nascimento e nome completo.

    Depois disso, o usuário terá acesso a uma página na qual será mostrada o chamado Score (pontuação), saldo da carteira digital e se existe alguma pendência em seu CPF. Por lá, é possível monitorar as dívidas negativadas, os protestos, cheques sem fundo, ações judiciais, falências e situação na Receita Federal.

    Como consultar nome sujo no SPC:

    Ao entrar no site ou no app do SPC Brasil, basta clicar em “consultar CPF” logo na página inicial. No site, a consulta é paga e o “plano” mais barato custa R$ 16,90. 

    CPF
    CPF
    Foto: Receita Federal / Reprodução

    Como saber se meu CPF foi fraudado?

    Para identificar uma fraude em seu documento, basta entrar no site Registrato, um sistema do Banco Central que mostra operações com instituições financeiras, como crédito e câmbio. 

    Quando o site carregar, clique no botão “Sou Pessoa Física” logo abaixo do menu “Primeiro Acesso”.

    Por lá é possível escolher se cadastrar por celular, internet banking, certificado digital ou até mesmo pessoalmente — não recomendado em tempos de Covid-19. Todas as opções dão direito ao acesso a relatórios como contas correntes ativas, empréstimos e financiamentos no seu nome e chaves PIX cadastradas. 

    Saiba como consultar o Registrato:

    • Pelo celular: se a sua opção for o smartphone, basta entrar no aplicativo de seu banco, procurar a opcão “Registrato”, obter um PIN (senha normalmente de quatro dígitos) que, mais tarde, será utilizada para acessar o sistema do Banco Central e solicitar os relatórios;
    • Pelo internet banking: você deve obter uma frase de segurança na página inicial do Banco Central, inserindo dados como CPF, data de nascimento, primeiro nome da mãe e nome do banco no qual você tem conta. Em seguida acessar o internet banking do seu banco pelo computador. E, por fim, concluir o cadastro direto no site do Registrato, tendo acesso aos mesmos relatórios citados acima;
    • Certificado digital: para acessar o Registrato com essa opção é preciso ter um e-CPF tipo A1 ou A3 para a comprovação da identidade. Com ele, o usuário consegue a senha de acesso. 

    Fui vítima de fraude. E agora?

    Se o seu CPF foi fraudado, é importante tomar uma atitude rápida.

    Se você encontrar uma informação que não condiz com o seu padrão de compras e empréstimos, ligue ou entre em contato com o SAC de sua instituição financeira e, pelo menos uma vez por mês, verifique no Registrato se estão utilizando seus dados de forma criminosa. 

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