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    Confiança do Comércio cai 0,2% em maio ante abril, após quatro meses de avanços, diz CNC

    Entidade avalia que os comerciantes estejam atualmente mais cautelosos em relação às expectativas do mercado de crédito, com as perspectivas de cortes mais brandos na taxa básica de juros, a Selic

    16/09/2020REUTERS/Ricardo Moraes

    Daniela Amorim, do Estadão Conteúdo

    Os comerciantes brasileiros ficaram ligeiramente menos otimistas em maio, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

    Após quatro meses de altas consecutivas, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) caiu 0,2% em relação a abril, já descontadas as influências sazonais.

    O índice ficou em 106,9 pontos, permanecendo assim na zona de satisfação, acima dos 100 pontos. Na comparação com maio de 2023, o Icec recuou 1,4%.

    Na passagem de abril para maio, dois dos três componentes do Icec registraram expansão.

    O componente de avaliação das condições atuais caiu 2,1%, para 79,9 pontos, com recuos nos itens economia (-2,3%), setor (-2,1%) e empresa (-2,1%).

    “O indicador referente à confiança nas condições atuais da empresa (97,1 pontos) alcançou o menor nível desde julho de 2021, passando a revelar uma insatisfação dos varejistas com seus negócios, o que não acontecia desde dezembro do ano passado”, destacou a CNC, no relatório da pesquisa.

    O componente das expectativas aumentou 0,2% em maio ante abril, para 139,5 pontos, com melhora nos quesitos economia (0,1%) e empresa (0,4%), mas estabilidade no quesito setor (0,0%).

    “Apesar de tímido, o aumento indica que há esperança dos varejistas na melhoria das condições econômicas nos próximos meses”, avaliou Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, em nota oficial.

    O componente das intenções de investimentos cresceu 0,9% em maio ante abril, para 101,5 pontos, com expansão nos itens contratação de funcionários (1,9%) e estoques (1,1%), mas queda no quesito empresa (-0,4%).

    “O fator positivo foi o aumento da intenção de contratação de funcionários, principalmente, dentre os empresários de bens semiduráveis”, frisou a CNC.

    “A maior parte dos empresários pretende aumentar seu quadro de empregados (63,7%), o maior porcentual do ano, o que mostra que os resultados positivos, observados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), devem continuar.”

    A entidade avalia que os comerciantes estejam atualmente mais cautelosos em relação às expectativas do mercado de crédito, com as perspectivas de cortes mais brandos na taxa básica de juros, a Selic, pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central.

    “Ao contrário dos consumidores, eles não estão conseguindo ajustar os orçamentos das empresas, uma vez que a inadimplência destas permanece acima do nível observado no ano anterior, aumentando de 2,4% para 3,2% entre março de 2023 e 2024, encarecendo seus custos e dificultando o acesso a novos recursos.

    O saldo da carteira de crédito com recursos livres das pessoas jurídicas apresentou recuo de 0,7% no primeiro trimestre de 2024”, citou a CNC.