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    “Colchão” da política de preços citado por Haddad é muito fino, diz economista

    À CNN Rádio, Gesner Oliveira afirmou que não há margem dentro da Petrobras pra compensar reoneração dos combustíveis

    Amanda Garciada CNN

    O “colchão” de recursos, citado pelo Ministro da Fazenda Fernando Haddad, que, na visão dele, poderia compensar a volta da oneração de impostos sobre os combustíveis é “muito fino”.

    Esta é a avaliação do economista da GO Associados e professor da FGV Gesner Oliveira.

    Segundo Haddad, a política de preços da Petrobras teria um espaço para atenuar o retorno da cobrança.

    À CNN Rádio, Gesner afirmou que “não existe muita margem para fazer isso” e alertou que “qualquer precificação artificial que não esteja alinhada com internacionais dá muito errado.”

    Para o professor, o que não pode acontecer é que a Petrobras tenha prejuízo para bancar um preço artificial.

    “Talvez o mencionado por Haddad e que estaria correto é que se pode ter uma política que amorteça as oscilações de preço”, disse.

    Por exemplo, se há um aumento inesperado do preço do petróleo devido a alguma ação na guerra da Ucrânia, “não precisaria transmitir para o mercado doméstico.”

    Para isso, Gesner afirma que o fundo de estabilização é “matéria polêmica, mas, se bem concebida, pode atenuar os efeitos das oscilações sobre o bolso do consumidor doméstico.”

    Ao mesmo tempo, o economista destaca que a sinalização de que Haddad está fortalecido e fez valer visão técnica diante das pressões políticas na questão da reoneração dos combustíveis é positiva.

    “Isso acaba atenuando, a longo prazo, o efeito sobre a inflação, embora a curto prazo o aumento tenha efeito inflacionário”, completou.

    *Com produção de Isabel Campos

     

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